A Previdência vai quebrar? Especialistas divergem sobre reforma de Temer; veja vídeo
Afinal, se a Previdência não for reformada, ela vai quebrar? A proposta do governo de Michel Temer (PMDB), que muda a idade mínima e o tempo de contribuição, é um avanço ou um retrocesso?
No mesmo dia em que milhares de brasileiros fizeram greve e foram às ruas protestar contra a reforma da Previdência, os economistas Eduardo Fagnani e Eduardo Zylberstajn aceitaram o convite do jornalista Leonardo Sakamoto, blogueiro do UOL, para debater estes assuntos nesta sexta (28) em São Paulo (veja a primeira parte do debate acima e o restante ao fim do texto).
Os especialistas apresentaram pontos de vista divergentes. Para Fagnani, o governo precisa enfim cumprir sua parte nas despesas previdenciárias junto com empregadores e empregados, e o tempo de contribuição mínimo de 25 anos pode ser inviável para a grande maioria da população.
Já Zylberstajn defendeu que uma reforma é necessária para evitar uma alta de impostos para bancar a Previdência sem que ela quebre. Segundo ele, a idade mínima existente hoje afeta basicamente os mais pobres, que não conseguem contribuir para se aposentar cedo -- ao contrário de quem tem carteira assinada desde jovem.
Eduardo Fagnani é professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho e coordenador da rede Plataforma Política Social.
Eduardo Zylberstajn é pesquisador da Fipe e professor das escolas de Economia e de Direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi também consultor do Banco Mundial em projetos de proteção social.
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