Almagro insiste na necessidade de impedir Constituinte na Venezuela
AFP / Brendan Smialowski
Luis Almagro, em Washington, DC, no dia 24 de fevereiro de 2017
O secretário-geral da Organização dos Estados
Americanos (OEA), Luis Almagro, voltou, nesta sexta-feira, a afirmar que
é necessário impedir o processo de convocação da Assembleia
Constituinte na Venezuela."A Venezuela precisa que se cumpra a Constituição e que se detenha o processo da Assembleia Nacional Constituinte", expressou em vídeo o diplomata uruguaio.
De acordo com Almagro, o governo de Caracas "decidiu de maneira ilegal convocar os venezuelanos a uma eleição viciada" e, portanto, a Assembleia é "ilegítima".
Nesse contexto, um grupo de 13 países emitiu uma declaração com um chamado à Venezuela para abandonar a iniciativa. Mas o Conselho foi incapaz de alcançar uma posição unitária e este documentou ficou somente registrado na ata como a posição desse grupo.
Na Venezuela, a oposição voltou nesta sexta-feira às ruas em protesto contra a Constituinte, apesar da proibição de manifestações que afetem a eleição de domingo.
A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) pediu na quinta-feira que mantenham os protestos até domingo.
Diretores de petroleira venezuelana denunciados por acidente fatal de 2012
AFP/Arquivos / Juan Barreto
A refinaria de Amuay, afetada por um incêndio no dia 28 de agosto de 2012 em Paranagua, Venezuela
Quatro diretores da estatal venezuelana PDVSA serão
denunciados pelo pior acidente da história da indústria petroleira do
país, a explosão na refinaria de Amuay que deixou 42 mortos em 2012,
informou o Ministério Público."O Ministério Público citou para denunciar três gerentes e um superintendente do Centro de Refinamento Paraguaná-Amuay, no estado de Falcón (noroeste), por sua suposta responsabilidade na explosão ocorrida em 25 de agosto de 2012", afirmou o boletim do órgão.
Na ocasião, um vazamento de gás provocou uma enorme explosão na refinaria, deixando mais de 130 feridos, além dos quase 50 mortos.
Os investigados são os gerentes Zoilo Ramos, William Jordán e José Ramos e o superintendente José Cotiz, que devem comparecer diante dos procuradores na próxima quinta-feira.
Desde que a procuradora-geral, Luisa Ortega, rompeu com o presidente Nicolás Maduro, há quatro meses, o MP vem trazendo à tona casos antigos que envolvem funcionários estatais.
Em 12 de julho, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusado de servir ao governo, limitou a capacidade do MP de denunciar, exigindo que um juiz da corte esteja presente nas diligências.
Vários funcionários citados para serem denunciados pelo MP se negaram a comparecer.
Ortega, chavista que virou crítica de Maduro e seu projeto de Assembleia Constituinte, provocou uma fratura no oficialismo, em meio a uma onda de protestos contra o presidente que já deixou 113 mortos em quatro meses.
COPIADO https://www.afp.com/pt/
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