Por
Carlos Brito e Taís Laporta*, G1
28/07/2017
09h00 Atualizado há 1 hora
O
desemprego ficou em 13,0% no trimestre encerrado em junho, segundo
dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE),
por meio da pesquisa Pnad Contínua. No período, o Brasil tinha 13,5
milhões de desempregados.
Trata-se
de um recuo de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre
terminado em março de 2017. Ao olhar esta base de comparação, foi
a primeira queda estatisticamente importante desde o trimestre
terminado em dezembro de 2014, diz o IBGE.
Mas
frente ao mesmo trimestre de 2016, a taxa continua 1,7 ponto
percentual maior, quando o desemprego estava em 11,3%. Já(Foto:
Arte/G1)
"É
o primeiro movimento significativo de redução de taxa de
desocupação em quase três anos. Isso, claro, é positivo",
afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar
Azeredo.
A
taxa de desemprego é medida pelo IBGE por meio de uma média móvel
trimestral, ou seja, de três meses, no trimestre terminado em maio,
a taxa
de desocupação era de 13,3%.
(Foto:
Arte/G1)
"É
o primeiro movimento significativo de redução de taxa de
desocupação em quase três anos. Isso, claro, é positivo",
afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar
Azeredo.
A
taxa de desemprego é medida pelo IBGE por meio de uma média móvel
trimestral, ou seja, de três meses,
portanto,
o dado de junho se refere ao período de abril a junho. O instituto
divulga a taxa mensalmente.
População desocupada
Em
relação ao trimestre móvel encerrado em março, a população
desocupada recuou 4,9%, passando de 14,1 milhões de desempregados
para 13,5 milhões. Foi a primeira redução desde o trimestre
terminado em dezembro de 2014, segundo o IBGE. Contudo, a desocupação
ficou 16,4% acima do mesmo trimestre de 2016.
"Verificamos
que houve crescimento na indústria alimentícia, motoristas de
transportes de passageiros e também nos segmentos ligados à beleza,
como cabelereiros, pedicure e manicure. Nessa última categoria, é
maciça a presença de pessoas que trabalham por conta própria",
afirmou Azeredo.
Aumento do trabalho informal
A população ocupada, que era de 90,2 milhões
no trimestre, cresceu 1,4% (mais 1,3 milhão de pessoas) em relação
ao trimestre entre janeiro e março. "É importante notar que
esses mais de 1,3 milhão que entraram no mercado de trabalho o
fizeram por vias informais, sem carteira assinada", observou
Azeredo.
O número de empregados com carteira de trabalho
assinada (inclusive os trabalhadores domésticos) foi de 33,3
milhões, mantendo-se estável frente ao trimestre anterior e
recuando 3,2% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2016.
Em 2014, havia 36,880 milhões de carteiras
assinadas. Ou seja, redução de mais de três milhões de postos de
trabalho formais no país, segundo o IBGE.
Segundo Azeredo, esse é o pior momento no que
se refere à carteira de trabalho. "Verificamos o menor número
da série que investiga a quantidade de trabalhadores empregados com
carteira assinada. São mais de três milhões de postos de trabalho
com carteira assinada desde 2014. É uma notícia que entristece
porque sabemos que a carteira assinada é fundamental para, por
exemplo, o cálculo do tempo de contribuição para a Previdência".
(Foto:
Arte/G1)
Em relação ao mesmo período de 2016, a
população ocupada recuou 0,6% (menos 562 mil pessoas), segundo o
IBGE
Rendimento
Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio real
das pessoas ocupadas ficou estável frente ao trimestre encerrado em
março de 2017, passando de R$ 2.125 para R$ 2.104 e também em
relação ao mesmo trimestre de 2016, quando era de R$ 2.043.
Autônomos e empregadores
O número de trabalhadores por conta própria
cresceu 1,8% na comparação com o trimestre anterior, somando 22,5
milhões de pessoas, mas recuou 1,8% em relação a 2016. Já o
número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável
frente ao trimestre imediatamente anterior e cresceu 13,1% (mais 484
mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016.
Já entre os trabalhadores domésticos, a
ocupação ficou estável nas duas bases de comparação, chegando a
6,1 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE.
*
Colaborou Marta Cavallini
copiado http://g1.globo.com/economia/noticia/
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