Forças Armadas chinesas exibem seu poderio diante do presidente Xi Jinping Forças Armadas chinesas exibem seu poderio diante do presidente Xi Jinping Trump adverte que não permitirá mais a inação da China sobre a Coreia do Norte



AFP/Arquivos / DALE DE LA REYO presidente chinês Xi Jinping pediu ao exército a acatar "a direção absoluta" do Partido Comunista Chinês (PCC)
A China exibiu seu poderio militar neste domingo em um gigantesco desfile diante do presidente Xi Jinping, no aniversário de 90 anos da fundação do Exército Popular de Libertação.
O desfile aconteceu na imensa base militar de Zhurihe, na Mongólia Interior, norte do país, quase 500 km ao noroeste de Pequim.
A imprensa estrangeira não foi convidada a acompanhar o evento, exibido pela televisão estatal.
Helicópteros sobrevoaram o local do desfile e formaram o número "90" no céu, seguidos por aviões de combate.
Em um discurso para as tropas, Xi Jinping pediu ao exército a acatar "a direção absoluta" do Partido Comunista Chinês (PCC) e a permanecer preparado para "derrotar qualquer invasor" potencial.
"O mundo não está totalmente em paz e a paz deve ser salvaguardada", declarou.
"Mais que em nenhum outro momento da história, temos que construir um poderoso Exército Popular".
Com a aproximação do 19º Congresso do PCC, que confirmará Xi Jinping para um novo mandato de cinco anos à frente da potência asiática, o chefe de Estado passou as tropas em revista a bordo de um veículo militar.
Com uniforme militar, Xi disse em várias oportunidades "Camaradas, vocês têm trabalhado duro!", ao que os soldados respondiam: "Estamos a serviço do povo!".
A China tem o maior exército do mundo em números, com dois milhões de soldados alistados.
O orçamento de defesa é o segundo maior, atrás dos Estados Unidos, com uma dotação prevista para 2017 de 168 bilhões de dólares, alta de 7% na comparação com o ano passado.
Pequim apresentou em abril um segundo porta-aviões e instalou sua primeira base militar no exterior, situada no pequeno território africano de Djibuti, próximo ao Mar Vermelho.
O desfile de domingo celebrou a fundação do exército comunista chinês em 1927, por ocasião de um primeiro confronto com as tropas do governo nacionalista no início da guerra civil, que culminou com a chegada ao poder do PCC em 1949.

Trump adverte que não permitirá mais a inação da China sobre a Coreia do Norte

AFP / SAUL LOEBO presidente dos EUA, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20, em Hamburgo, em 8 de julho de 2017
O presidente americano, Donald Trump, advertiu no sábado à noite que não permitirá mais a inação da China a respeito da Coreia do Norte, depois que o regime hermético testou na sexta-feira um míssil balístico intercontinental.
O líder norte-coreano Kim Jong-Un afirmou após o teste que "todo o território continental dos Estados Unidos" está a seu alcance, incluindo, segundo alguns especialistas, cidades como Nova York.
"Estou muito decepcionado com a China. Nossos estúpidos líderes do passado lhes permitiram gerar centenas de bilhões de dólares todo o ano em comércio, mas não fazem NADA por nós em relação à Coreia do Norte, apenas falar", queixou-se em uma série de tuítes.
"Não permitiremos que isso continue. A China poderia resolver isso facilmente!", completou.
Trump prometeu tomar "todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos Estados Unidos" e proteger seus aliados na região.
A ambição norte-coreana de virar uma potência nuclear prejudica a já delicada relação entre Washington e Pequim, principal aliado de Pyongyang.
Apesar da condenação das autoridades chinesas ao teste norte-coreano, por violar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, Pequim insiste que o único caminho para aproximar posições é o diálogo.
O secretário americano de Estado, Rex Tillerson, declarou que "como principais facilitadores econômicos do programa de desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos" da Coreia do Norte, "China e Rússia têm a única e particular responsabilidade por esta crescente ameaça à estabilidade da região e do planeta".
- Dez horas de exercícios comuns -
Como reação ao lançamento do míssil, Washington e Seul fizeram exercícios militares, usando mísseis terra-terra. após o lançamento. Os altos comandos de ambos os Exércitos discutiram as "opções de resposta militar", caso considerem um aumento da ameaça.
Bombardeiros americanos B-1B também participaram nas operações, que duraram pouco mais de 10 horas, ao lado de caças sul-coreanos e japoneses.
"Caso nos vejamos obrigados, estamos prontos para responder com uma força rápida, letal e esmagadora no momento e no local que decidirmos", alertou em um comunicado o general Terrence O'Shaughnessy, comandante da Força Aérea dos Estados Unidos no Pacífico.
A Coreia do Sul anunciou que tem a intenção de acelerar a instalação do sistema de intercepção THAAD (Terminal High Altitutd Area Defense), que conta com seis lançadores de mísseis interceptores.
Dois foram instalados 300 quilômetros ao sul de Seul. A China afirma que a presença do sistema "complicará os problemas".
Em matéria comercial, os Estados Unidos afirmam que a desequilibrada relação - marcada por um déficit comercial com a China de US$ 309 bilhões para o ano passado - se deve às políticas de Pequim que impedem o acesso a seu mercado.
A China culpa, por sua vez, as regras de Washington, que restringem as exportações americanas de alta tecnologia.

copiado https://www.afp.com




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