afp/AFP / PRESIDENCIAO presidente venezuelano Nicolas Maduro em Caracas, no dia 30 de julho de 2017
Um candidato à Assembleia Constituinte na Venezuela, o advogado José Félix Pineda, foi assassinado a tiros na véspera da eleição, anunciou o Ministério Público.
"Um grupo de pessoas invadiu no sábado à noite a residência de Pineda, de 39 anos, em Ciudad Bolívar (sudeste), e ele foi atingido por vários tiros", informou o MP no Twitter, sem especificar possíveis motivos.
A votação para a escolha dos 545 integrantes da Constituinte acontece em todo o país, com 6.120 candidatos, apesar da ameaça da oposição de um "boicote" contra a iniciativa do presidente Nicolás Maduro em meio a uma onda de protestos que deixou 113 mortos em quatro meses.
"Por José Félix Pineda e por muitos, necessário é lutar por (uma) vitória que acabe com a aberração política que desejam implantar", escreveu nas redes sociais Francisco Rangel, governador do estado Bolívar, insinuando que este foi um crime político.
A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que denuncia o projeto de Maduro como uma "fraude" que acabará com a democracia, convocou um protesto neste domingo em Caracas e os bloqueios de avenidas em todo o país.
A ONG Provea, acusada pelo governo de apoiar a oposição, repudiou o assassinato de Pineda e exigiu do MP uma "investigação oportuna sobre os responsáveis".
Pineda é o segundo candidato à Constituinte assassinado. No dia 10 de julho, José Luis Rivas morreu ao ser baleado durante um evento de campanha na cidade de Maracay (centro-norte).
O Ministério Público não vinculou até o momento os assassinatos a motivações políticas
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