Concessão de crédito investigada MPF denuncia Geddel, Alves e Cunha por esquema na Caixa e pede R$ 3 bi

Concessão de crédito investigada

MPF denuncia Geddel, Alves e Cunha por esquema na Caixa e pede R$ 3 bi

Pedro Fonseca
05/10/2018 10h25
5 Out (Reuters) - O Ministério Público Federal encaminhou à Justiça quatro denúncias separadas referentes às investigações sobre um esquema supostamente criminoso de concessão de crédito na Caixa Econômica Federal para empresas e pediu o pagamento de mais de R$ 3 bilhões em multas e reparação de danos, informou o MPF nesta sexta-feira (5).
O esquema revelado pela força-tarefa da operação Greenfield funcionava com o pagamento de propina a autoridades em troca de concessão de operações de crédito da Caixa para as empresas Marfrig, Bertin, a J&F e o Grupo BR Vias e Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários, de acordo com os procuradores.
"As investigações demonstraram a existência de três frentes criminosas: o grupo empresarial, o grupo dos empregados públicos que operavam na Caixa e no FGTS, o grupo político e de operadores financeiros", disse o MPF em comunicado.
As denúncias revelam a atuação dos ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves e do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, além de diversos operadores financeiros e empresários, segundo o MPF.
Até o momento, foram identificados os repasses de valores ilícitos de R$ 89,5 milhões para Cunha; R$ 17,9 milhões para Geddel e R$ 6,7 milhões para Alves, disse o MPF, que contou com acordos de colaboração premiada de operadores, além de provas colhidas em investigações, para basear as denúncias.
Cunha e Geddel já estão presos por envolvimento em escândalos de corrupção, enquanto Alves já esteve preso, mas atualmente está em liberdade. Não foi possível fazer contato com os advogados deles de imediato.
A Marfrig, questionada pela Reuters sobre as denúncias, disse que o empresário Marcos Molina dos Santos, presidente do conselho da companhia, foi objeto de acordo fechado em maio com o Ministério Público Federal, mediante formalização de um termo de compromisso de reparação de eventuais dados, que protege a Marfrig e seus executivos de quaisquer responsabilidade financeira e jurídica.
"Não se trata de um acordo de colaboração ou de delação e não há admissão de qualquer culpa por parte do empresário, que mantém suas atividades empresariais inalteradas", disse a Marfrig.
A Bertin, a J&F, e a Caixa Econômica Federal não responderam de imediato a pedidos de comentários. O Grupo BR Vias e Oeste Sul não pode ser contactado.
(Reportagem adicional de Flavia Bohone; edição de Raquel Stenzel)


copiado  https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/

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