Trump critica Fed por agressividade ao aumentar taxas de juros. EUA eleva restrições a investimentos estrangeiros em setores-chave

Trump critica Fed por agressividade ao aumentar taxas de juros

AFP / SAUL LOEB (Arquivo) O presidente americano, Donald Trump
O presidente Donald Trump reiterou suas críticas ao Federal Reserve (Fed) nesta quinta-feira, ao afirmar que o banco central americano é "muito agressivo" ao elevar demais as taxas de juros.
"Acho que estão cometendo um grande erro", afirmou o presidente em entrevista ao programa Fox & Friends.
"Estão sendo muito agressivos", enfatizou.
Na véspera, Trump já havia declarado que o Fed "enlouqueceu".
Falando ao chegar em Erie, na Pensilvânia, para participar de um ato de campanha, Trump lançou o seu ataque contra a independência do Fed.
"Acho que o Fed está cometendo um erro. Acho que o Fed enlouqueceu (...). Realmente não concordo com isto", disse Trump, que habitualmente critica o Fed por sua política de aumentar gradualmente as taxas de juros.
A Bolsa de Nova York registrou uma drástica queda das ações de tecnologia, em um contexto de forte aumento dos juros da dívida americana.
O índice industrial Dow Jones caiu 3,15%, a 25.598,74 unidades em sua pior sessão desde fevereiro. O tecnológico Nasdaq recuou 4,08%, a 7.422,05 unidades, o pior valor desde junho de 2016, quando o Reino Unido votou na ruptura com a União Europeia (Brexit).
A maioria das grandes empresas americanas sofreu no pregão desta quarta-feira: Boeing e Facebook perderam mais de 4%, e Amazon, Nike e Microsoft caíram além de 5%.



EUA eleva restrições a investimentos estrangeiros em setores-chave

AFP/Arquivos / Olivier Douliery O presidente Donald Trump tem acusado Pequim de, sistematicamente, roubar tecnologia americana e usou isso como justificativa para impor tarifas a produtos importados da China de 250 bilhões de dólares
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (10) um plano para aumentar a vigilância a investimentos estrangeiros em setores-chave de sua economia em uma decisão que é considerada como uma medida contra a China.
O presidente Donald Trump tem acusado Pequim de, sistematicamente, roubar tecnologia americana e usou isso como justificativa para impor tarifas a produtos importados da China de 250 bilhões de dólares.
As novas regras, que passarão a valer em 10 de novembro, atualiza um estatuto de 30 anos atrás que concede ao presidente amplos poderes para bloquear investimentos estrangeiros em indústrias consideradas sensíveis, ou que possam prejudicar a segurança nacional dos Estados Unidos.
A reforma permite ao Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS) analisar cada investimento estrangeiro, não apenas a compra de empresas, em setores-chave.
"Essas regulamentações temporárias apontam para riscos contra tecnologias fundamentais dos Estados Unidos", assinalou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, nesta quarta.
Esses setores incluem aeronáutica, telecomunicações, computadores, semicondutores e baterias, disse a jornalistas um funcionário de alto escalão do Tesouro.
Essas indústrias foram escolhidas porque são as expostas à deterioração de sua "superioridade tecnológica" por meio de investimentos estrangeiros, acrescentou.
O funcionário disse que as regras não apontam para nenhum país em particular, mas o CFIUS, um painel intergovernamental supervisionado pelo Tesouro, bloqueou as vendas de empresas americanas para investidores chineses.
Ao anunciar essa reforma em agosto, Trump deixou claro que visaria Pequim e as ameaças à segurança nacional. Disse que a China "não vai mais roubar nossas empresas, especialmente companhias que são bastante complexas".
O funcionário disse que Washington prepara regulamentações adicionais para proteger a infraestrutura e a inteligência artificial.
De acordo com os últimos dados disponíveis, o CFIUS revisou 179 transações e realizou 79 investigações e apenas uma vez tomou uma decisão negativa.
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