José Ursílio banca festa luxuosa em churrascaria com dinheiro da CMN


 José Ursílio banca festa luxuosa em churrascaria com dinheiro da CMN
Apenas na reserva do espaço e no buffet foram gastos R$ 7,5 mil
Ursílio com o amigo Alan Pinto durante festa - Foto: Arquivo


A auditoria que vem sendo promovida nas contas do grupo CMN - que engloba as rádios Diário FM, Dirceu AM e jornal Diário de Marília - revelou mais um capítulo da novela de usurpação protagonizada pelo ex-diretor José Ursílio.
Em meio aos arquivos da empresa foi encontrado mais um contrato em permuta, este no valor de R$ 7,5 mil, utilizado para bancar a festa de aniversário de 50 anos de Ursílio, em setembro do ano passado. Cerca de 150 convidados participaram do evento em alto nível promovido em uma das mais tradicionais churrascarias da cidade com dinheiro desviado da CMN.
Entre os presentes, companheiros próximos do dia a dia como o subprefeito da Fazenda do Estado, Alan Pinto, e o vereador Eduardo Nascimento, que segundo já apurado pela auditoria teria fechado contratos entre empresas de fachada de Ursílio e a Câmara no período em que presidiu o legislativo, inclusive pagando por serviços não prestados.
Aliados políticos do ex-diretor da CMN nas campanhas fracassadas de 2008 e 2010 também compareceram, como o empresário Marcelo Pelúcio. Todos os presentes ganharam ainda uma caneca com uma caricatura de Ursílio, também paga com recursos da CMN.
A auditoria já constatou que a prática de permutar em benefício próprio por meio da empresa era recorrente, inclusive foi utilizada na compra de 15 motos distribuídas entre seus “companheiros”, além de financiar viagens de luxo e outras mordomias que sustentavam a boa vida de José Ursílio.

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Ficou comprovado também pelos auditores que apenas em 2011 as negociatas e desmandos dentro da CMN geraram quase R$ 1 milhão em prejuízos aos cofres públicos municipais, entre acordos com a Câmara e a Prefeitura, sempre contratando com intermédio de empresas de fachada e em grande parte das vezes recebendo por serviços que não saíram do papel.
Entre as empresas que possibilitaram a farra com dinheiro do contribuinte, destaque para a “Sinergia”, em nome do próprio Ursílio, a “RS2”, em nome de seu aprendiz Guto Pereira, e a “Personal”, do irmão do ex-diretor da CMN e também funcionário afastado, Marcos Rogério de Souza e Silva.
A “Personal”, inclusive, ficou famosa recentemente por ter sido utilizada na negociação fraudulenta de dois imóveis na rua Coronel Galdino de Almeida, Centro, adquiridos juntos por R$ 300 mil, registrados por R$ 90 mil para driblar o fisco, e posteriormente vendidos por R$ 530 mil.
As implicações jurídicas já começaram a aparecer. Desde 30 de dezembro as contas da “Sinergia” estão bloqueadas e ao término da auditoria na CMN as irregularidades serão encaminhadas aos órgãos competentes para que as devidas providências sejam tomadas.

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