Ao menos 75 corpos são encontrados

Internacional   

publicado em 02/04/2012 às 17h11:     

Ao menos 75 corpos são encontrados
em câmara frigorífica de hospital na Síria

Segundo dados da ONU, mais de 9.000 pessoas morreram desde o início dos protestos
EFE
 

    homsZaman Al Wasel/Reuters
    Imagem mostra a destruição causada pelas forças governamentais na cidade de Homs, na Síria
    Ao menos 75 corpos sem identificação foram encontrados na câmara frigorífica do Hospital Nacional da cidade de Homs, no centro da Síria, afirmaram os opositores Comitês de Coordenação Local.
    Esta rede ativista informou também em comunicado que pelo menos 47 pessoas morreram nesta segunda-feira na Síria, enquanto as tropas leais ao regime bombardearam vários focos opositores no centro e sul do país.
    Apenas na província de Homs foram registradas 30 mortes, 13 delas causadas por bombardeios sobre o bairro de Dir Baalba. Um número indeterminado de pessoas escapou desta região, segundo os Comitês, que asseguraram que as bombas também caíram sobre a cidade de Rastan, na mesma província.
    Outras 12 pessoas morreram na província setentrional de Idlib e cinco nos arredores da cidade de Aleppo, também no norte. Enquanto isso, na província meridional de Deraa, as forças governamentais bombardearam com artilharia pesada diferentes casas na localidade de Dael e dispararam contra os civis em Ebtaa.
    Os opositores acrescentaram que as tropas leais ao presidente sírio, Bashar al Assad, e os rebeldes do ELS (Exército Livre Sírio) se enfrentaram na cidade de Dir Zur, no leste do país, e na localidade de Janaser, em Deraa. A violência persiste na Síria, onde deve chegar hoje o presidente do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), Jakob Kellenberger, para estender as operações humanitárias desta organização e conseguir o acesso aos centros de detenção.
    O regime de Assad mantém sua ofensiva militar após ter anunciado oficialmente que aceita, com algumas reservas, a iniciativa de solução à crise proposta pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan.
    Damasco considera que por trás da violência se encontram grupos terroristas e por isso não prevê uma retirada das tropas das cidades até que não retorne a segurança. Estes fatos acontecem depois que o grupo dos chamados "Amigos da Síria" se reuniu em Istambul no domingo com representantes da oposição síria e voltou a apostar em uma solução negociada o mais rápido possível.
    Os 83 países participantes decidiram reconhecer o opositor Conselho Nacional Sírio como representante de todos os sírios, mas evidenciaram de novo suas diferenças em relação a uma eventual intervenção militar estrangeira, o envio de uma força de paz árabe ou o apoio explícito aos rebeldes, tal como pedem alguns setores da oposição e certos países da região.
    Segundo dados da ONU, desde o início dos protestos na Síria em meados de março de 2011, mais de 9.000 pessoas morreram, enquanto mais de 200 mil se deslocaram para outras áreas dentro do país e 30 mil se refugiaram no exterior.

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