Helicópteros do regime atacam Aleppo antes de batalha crucial
ALEPPO (AFP)
Vários bairros da cidade de Aleppo, norte da Síria, foram
intensamente metralhados por helicópteros das forças oficiais nesta
sexta-feira, em uma antecipação de uma batalha crucial para o conflito
entre as tropas governamentais e grupos rebeldes.
"Revolta das duas capitais (Damasco e Aleppo), a guerra de libertação continua": este é o lema das manifestações programadas para esta sexta-feira em todo o país, convocadas por opositores ao regime que seguem mobilizados apesar da violência que provocou mais de 19.000 mortes desde o início da crise, em março de 2011, segundo uma ONG síria.
Os helicópteros concentraram os ataques nos bairros de Salahedin, Azamiyeh, Bustan el-Kasr, Mashad e Sukari, segundo fontes da oposição.
Além disso, também foram registrados combates entre rebeldes e soldados nos bairros de Khamiliyeh, Mahatat Bagdad e nas proximidades da praça Saadala al-Khabiri.
Em Salahedin, centenas de rebeldes se preparam para enfrentar uma iminente ofensiva final do Exército contra Aleppo, em uma operação que um jornal ligado ao regime de Bashar al-Assad, o Al Watan, definiu como "a mãe de todas as batalhas", por sua capacidade para determinar o destino do conflito sírio.
Barricadas com sacos de areia, um ônibus atravessado na rua e centros de cuidados médicos de urgência foram instalados em escolas e mesquitas.
Vários helicópteros sobrevoavam as casas e metralhavam os imóveis, com moradores em fuga desesperada.
Na quinta-feira, a repressão e os combates deixaram 164 mortos, incluindo 84 civis, 43 soldados e 37 rebeldes.
"As forças especiais avançaram na zona leste da cidade e outras tropas chegaram para uma ofensiva generalizada, sexta-feira ou sábado, em Aleppo", afirmou uma fonte dos serviços de segurança.
À espera do ataque, os rebeldes, armados com fuzis, metralhadoras,
lança-foguetes e bombas de fabricação caseira, executavam incursões
contra os postos policiais e dos serviços secretos.
A esperança reside na solidariedade de combatentes que chegariam para reforçar as defesas de Salahedin ou que retardariam o avanço do Exército com atos de sabotagem e armadilhas.
Ao mesmo tempo, entre 1.500 e 2.000 rebeldes chegaram à região para apoiar o movimento na cidade. Os insurgentes controlam os bairros periféricos ao sul e leste da cidade, assim como as estradas que levam ao aeroporto.
O porta-voz do Exército Sírio Livre (ESL, formado por desertores) em Aleppo, Abdel Khabar al-Okaidi, afirmou que 100 tanques do Exército e outros veículos militares chegaram à cidade.
"Se fracassa na missão de retomar o controle total de Aleppo, o regime está terminado e os adversários sabem", afirmou Rami Abdel Rahman, presidente da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Diante de uma base dos rebeldes em Aleppo foi observado um caminhão com caixas com a frase, em árabe, "máscaras de gás".
Na segunda-feira, Damasco admitiu pela primeira vez possuir armas químicas, mas afirmando que estas não seriam utilizadas contra a população civil. No entanto, o regime ameaçou utilizar as armas no caso de intervenção militar estrangeira.
A Unesco solicitou aos beligerantes proteção para a herança cultural de Aleppo.
Uma deputada da cidade de Aleppo, Ijlas Badaui, se refugiou com os seis filhos na Turquia, informou o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição.copiado :http://www.afp.com/pt
"Revolta das duas capitais (Damasco e Aleppo), a guerra de libertação continua": este é o lema das manifestações programadas para esta sexta-feira em todo o país, convocadas por opositores ao regime que seguem mobilizados apesar da violência que provocou mais de 19.000 mortes desde o início da crise, em março de 2011, segundo uma ONG síria.
Os helicópteros concentraram os ataques nos bairros de Salahedin, Azamiyeh, Bustan el-Kasr, Mashad e Sukari, segundo fontes da oposição.
Além disso, também foram registrados combates entre rebeldes e soldados nos bairros de Khamiliyeh, Mahatat Bagdad e nas proximidades da praça Saadala al-Khabiri.
Em Salahedin, centenas de rebeldes se preparam para enfrentar uma iminente ofensiva final do Exército contra Aleppo, em uma operação que um jornal ligado ao regime de Bashar al-Assad, o Al Watan, definiu como "a mãe de todas as batalhas", por sua capacidade para determinar o destino do conflito sírio.
Barricadas com sacos de areia, um ônibus atravessado na rua e centros de cuidados médicos de urgência foram instalados em escolas e mesquitas.
Vários helicópteros sobrevoavam as casas e metralhavam os imóveis, com moradores em fuga desesperada.
Na quinta-feira, a repressão e os combates deixaram 164 mortos, incluindo 84 civis, 43 soldados e 37 rebeldes.
"As forças especiais avançaram na zona leste da cidade e outras tropas chegaram para uma ofensiva generalizada, sexta-feira ou sábado, em Aleppo", afirmou uma fonte dos serviços de segurança.
Vários
bairros da cidade de Aleppo, norte da Síria, foram intensamente
metralhados por helicópteros das forças oficiais nesta sexta-feira, em
uma antecipação de uma batalha crucial para o conflito entre as tropas
governamentais e grupos rebeldes.
A esperança reside na solidariedade de combatentes que chegariam para reforçar as defesas de Salahedin ou que retardariam o avanço do Exército com atos de sabotagem e armadilhas.
Ao mesmo tempo, entre 1.500 e 2.000 rebeldes chegaram à região para apoiar o movimento na cidade. Os insurgentes controlam os bairros periféricos ao sul e leste da cidade, assim como as estradas que levam ao aeroporto.
O porta-voz do Exército Sírio Livre (ESL, formado por desertores) em Aleppo, Abdel Khabar al-Okaidi, afirmou que 100 tanques do Exército e outros veículos militares chegaram à cidade.
"Se fracassa na missão de retomar o controle total de Aleppo, o regime está terminado e os adversários sabem", afirmou Rami Abdel Rahman, presidente da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Diante de uma base dos rebeldes em Aleppo foi observado um caminhão com caixas com a frase, em árabe, "máscaras de gás".
Na segunda-feira, Damasco admitiu pela primeira vez possuir armas químicas, mas afirmando que estas não seriam utilizadas contra a população civil. No entanto, o regime ameaçou utilizar as armas no caso de intervenção militar estrangeira.
A Unesco solicitou aos beligerantes proteção para a herança cultural de Aleppo.
Uma deputada da cidade de Aleppo, Ijlas Badaui, se refugiou com os seis filhos na Turquia, informou o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição.copiado :http://www.afp.com/pt
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