Erros de Romney em viagem internacional não devem afetar campanha
WASHINGTON (AFP)
O candidato republicano, Mitt Romney, não voltou transformado em
herói de sua viagem internacional, marcada por polêmicas declarações em
suas escalas em Londres e Israel, mas isso não deve influenciar o
resultado da corrida presidencial americana.
O candidato milionário esperava, com sua viagem para Reino Unido, Israel e Polônia, todos importantes aliados de Washington, passar uma imagem de homem de Estado e desviar a atenção da imprensa de sua fortuna e de suas declarações de impostos.
Mas sua visita a Londres foi marcada principalmente pela reação dos britânicos a suas críticas sobre a organização dos Jogos Olímpicos.
Os palestinos criticaram as declarações de Romney feitas em Israel sobre o suposto atraso econômico palestino, enquanto na Polônia, o sindicato Solidariedade o acusou de atacar os direitos dos trabalhadores, durante uma reunião com seu líder histórico Lech Walesa.
Para Aaron Miller, ex-conselheiro de secretários de Estado de direita e esquerda, no entanto, esses erros devem pesar menos na eleição de 6 de novembro do que os sinais enviados de Jerusalém ao eleitorado judaico e principalmente aos evangélicos, para quem a defesa de Israel se transformou em uma causa sacrossanta.
"Em relação ao eleitorado pró-israelense, acredito que a viagem o ajudou", observou Miller, do centro de pesquisas Woodrow Wilson. "Mas, se buscava demonstrar sua sagacidade em matéria de política externa e sua capacidade para reagir de forma inteligente, profunda e sábia, acredito que não esteve à altura", disse o especialista, que deu nota 4 em 10 para a viagem do candidato republicano.
A economia influencia mais o voto
Considerando que a eleição presidencial pode ser muito apertada, a estratégia pró-israelense de Romney pode fazer diferença em alguns estados cruciais como a Flórida (sudeste), mobilizando a seu favor uma parte do eleitorado evangélico, assim como o judaico, que apoiou, majoritariamente, Barack Obama em 2008.
A menos de 100 dias das eleições, os democratas consideraram que os tropeços de Romney mostram que ele não está pronto para garantir um bom desempenho à frente da primeira potência mundial.
"Romney fez um teste para se transformar no chefe do mundo livre e é evidente que não foi capaz de representar os Estados Unidos na esfera internacional", disse o conselheiro de Obama, Robert Gibbs, em coletiva telefônica nesta terça-feira.
No entanto, nem as manchetes catastróficas da imprensa britânica devem modificar o desenrolar da campanha eleitoral, que continua dominada pela economia e desemprego.
Apesar de Romney estar longe de reunir multidões como Obama em sua viagem ao exterior durante a campanha de 2008, "esta viagem não vai mudar as eleições", reconheceu a representante democrata Marcy Kaptur.
"As manchetes da imprensa londrina de um dia não são tão importantes como a visão que as pessoas têm aqui de nossa prosperidade econômica", tranquiliza Kevin Madden, um dos conselheiros da campanha de Romney, entrevistado pela rede ABC. copy http://www.afp.com
O candidato milionário esperava, com sua viagem para Reino Unido, Israel e Polônia, todos importantes aliados de Washington, passar uma imagem de homem de Estado e desviar a atenção da imprensa de sua fortuna e de suas declarações de impostos.
Mas sua visita a Londres foi marcada principalmente pela reação dos britânicos a suas críticas sobre a organização dos Jogos Olímpicos.
Os palestinos criticaram as declarações de Romney feitas em Israel sobre o suposto atraso econômico palestino, enquanto na Polônia, o sindicato Solidariedade o acusou de atacar os direitos dos trabalhadores, durante uma reunião com seu líder histórico Lech Walesa.
Para Aaron Miller, ex-conselheiro de secretários de Estado de direita e esquerda, no entanto, esses erros devem pesar menos na eleição de 6 de novembro do que os sinais enviados de Jerusalém ao eleitorado judaico e principalmente aos evangélicos, para quem a defesa de Israel se transformou em uma causa sacrossanta.
"Em relação ao eleitorado pró-israelense, acredito que a viagem o ajudou", observou Miller, do centro de pesquisas Woodrow Wilson. "Mas, se buscava demonstrar sua sagacidade em matéria de política externa e sua capacidade para reagir de forma inteligente, profunda e sábia, acredito que não esteve à altura", disse o especialista, que deu nota 4 em 10 para a viagem do candidato republicano.
A economia influencia mais o voto
Considerando que a eleição presidencial pode ser muito apertada, a estratégia pró-israelense de Romney pode fazer diferença em alguns estados cruciais como a Flórida (sudeste), mobilizando a seu favor uma parte do eleitorado evangélico, assim como o judaico, que apoiou, majoritariamente, Barack Obama em 2008.
A menos de 100 dias das eleições, os democratas consideraram que os tropeços de Romney mostram que ele não está pronto para garantir um bom desempenho à frente da primeira potência mundial.
"Romney fez um teste para se transformar no chefe do mundo livre e é evidente que não foi capaz de representar os Estados Unidos na esfera internacional", disse o conselheiro de Obama, Robert Gibbs, em coletiva telefônica nesta terça-feira.
No entanto, nem as manchetes catastróficas da imprensa britânica devem modificar o desenrolar da campanha eleitoral, que continua dominada pela economia e desemprego.
Apesar de Romney estar longe de reunir multidões como Obama em sua viagem ao exterior durante a campanha de 2008, "esta viagem não vai mudar as eleições", reconheceu a representante democrata Marcy Kaptur.
"As manchetes da imprensa londrina de um dia não são tão importantes como a visão que as pessoas têm aqui de nossa prosperidade econômica", tranquiliza Kevin Madden, um dos conselheiros da campanha de Romney, entrevistado pela rede ABC. copy http://www.afp.com
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