Advogado aponta fraude no registro de Gilmar no mensalão
Segunda nota, reportagem está baseada em documentos falsos
Gilmar teria participado do mensalão do PSDB, diz revista
Cautelosos, políticos evitam comentar reportagem de revista
Advogado de Valério diz ser fraude nome de Gilmar na lista do mensalão mineiro
A defesa de Marcos Valério - um dos principais réus da ação penal do mensalão do PT - divulgou nota, nesta sexta-feira, para manifestar "sua perplexidade" com o teor de matéria publicada pela revista "Carta Capital", por se tratar de "reportagem baseada em documentos e informações falsas". De acordo com a nota assinada pelo criminalista Marcelo Leonardo, defensor de Valério no processo do mensalão, tais documentos, ao que tudo indica, foram "provavelmente produzidos por pessoa notoriamente conhecida por seu envolvimento em fraudes diversas em Minas Gerais, que recentemente esteve preso acusado de estelionato e que, inclusive, seria beneficiado, de forma no mínimo curiosa, no próprio documento falsificado".
A nota contém ainda os seguintes parágrafos:
"A defesa de Marcos Valério reitera seu respeito e confiança no Poder Judiciário, especialmente no Supremo Tribunal Federal, manifestando seu repúdio a qualquer dúvida que seja levantada sobre a credibilidade, a capacidade jurídica e a imparcialidade do ministro Gilmar Mendes. Trata-se de magistrado que exerce suas funções de forma exemplar, dignificando seu exercício no Pretório Excelso.
Repita-se: a matéria baseia-se em documentos e informações falsas, cujo teor são veementemente rechaçados por Marcos Valério Fernandes de Souza. Os dois documentos constantes da publicação não foram produzidos ou assinados pelo mesmo, parecendo ser mais uma montagem do conhecido falsário.
Marcos Valério aguarda, com serenidade, o início do julgamento da Ação Penal nº 470 pelo Supremo Tribunal Federal.
Belo Horizonte, 27 de julho de 2012
Marcelo Leonardo, advogado criminalista e defensor de Marcos Valério".
GILMAR E AGU
O ministro Gilmar Mendes não quis e não pretende comentar o caso criado pela revista. Mas um de seus assessores comentou que "a coisa é tão mal feita" que o nome do ministro está fora da ordem alfabética respeitada na lista de nomes publicada pela Carta Capital. Além disso, na mesma lista referente ao suposto esquema de corrupção nas eleições de 1998, o nome de Gilmar Mendes está ligado à sigla AGU. Acontece que o atual ministro do STF só assumiu a chefia da Advocacia-Geral da União (AGU) em 2000, quando foi nomeado pelo entao presidente Fernando Henrique Cardoso.
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