Sob controvérsias, ONU elabora texto do Tratado de Comércio de Armas Convencionais
27/07/2012 - 11h38
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes dos países na Organização das Nações Unidas
(ONU) preparam o primeiro Tratado de Comércio de Armas Convencionais em
âmbito internacional. A primeira versão do texto decepcionou os que
defendem maiores restrições para países que violam os direitos humanos. O
ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse
que os esforços são para aperfeiçoar o texto.
Há 6 anos, a Assembleia Geral da ONU adotou a primeira resolução sobre o
Tratado de Comércio de Armas Convencionais, abrindo o período para
consultas. O objetivo das negociações é adotar um instrumento com força
de lei que contemple os padrões internacionais sobre transações de
armamento.
Organizações não governamentais (ONGs), como a Anistia Internacional e
Arms Control Association, pediram ao presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, para que impeça o "colapso das negociações" em torno de um
texto e "acabe com o comércio irresponsável e ilícito de armas".
Para as ONGs, o tratado deve exigir dos países a adoção de medidas de
regulação em âmbito nacional para impedir a exportação "irresponsável"
de munições. O objetivo é impedir a transferência de armas para regiões
que possam usar os armamentos para atos de genocídio, crimes de guerra
ou contra a humanidade.
No entanto, Obama enfrenta internamente a oposição da indústria de
armamentos, a National Rifle Association (NRA), e do Partido Republicano
cujos membros no Congresso consideram o tratado uma ameaça à segurança
nacional, à política externa, aos interesses econômicos e direitos
constitucionais norte-americanos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante COPIADO : http://agenciabrasil.ebc.com.br
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