Turquia ataca Síria, mas afirma não desejar guerra

  • 04/10/2012 - 17:43

    Turquia ataca Síria, mas afirma não desejar guerra

     


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    AKÇAKALE, Turquia (AFP) A Turquia prosseguia nesta quinta-feira com os bombardeios contra a Síria em resposta ao lançamento de vários morteiros contra a cidade fronteiriça de Akçakale, que matou cinco pessoas, e recebeu autorização do Parlamento para responder aos ataques, embora afirme que não deseja a guerra.
    Damasco imediatamente enviou um pedido de desculpas a Ancara pelo fato de vários morteiros disparados por suas forças terem caído em território turco.
    O Exército turco retomou ao amanhecer os disparos de artilharia em território sírio, um dia depois de ter executado os primeiros ataques que atingiram os arredores do posto de fronteira sírio de Tall al-Abyad, perto de Akçakale, em represália pelo impacto de morteiros sírios contra esta localidade turca.
    Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a resposta militar turca, que teve como alvo uma posição do Exército leal ao presidente Bashar al-Assad na região de Rasm al-Ghazal, perto de Tall al-Abyad, matou vários soldados sírios.
    Decidido a não deixar o ataque sírio impune, o governo turco pediu ao Parlamento autorização formal para desenvolver operações militares em território sírio em nome da "segurança nacional".
    A Constituição turca prevê que qualquer operação militar externa deve ser autorizada previamente pelo Parlamento.
    O Parlamento da Turquia adotou nesta quinta-feira uma moção do governo autorizando as Forças Armadas a conduzir, se necessário, operações na Síria depois de um grave incidente de fronteira que custou a vida de cinco civis turcos, informou a imprensa local.
    O texto da moção foi adotado com o voto favorável de 320 legisladores, contra 129 contrários. A Assembleia Nacional turca se reuniu em sessão especial a portas fechadas, indicaram os canais de televisão turcos.
    O governo da Síria admitiu para as autoridades da Turquia que vários morteiros disparados por suas forças caíram em território turco e pediu desculpas pelo ocorrido, informou o vice-primeiro-ministro turco, Besir Atalay.
    "A parte síria admitiu o que fez e pediu desculpas, afirmou o dirigente à imprensa, depois da sessão de emergência do Parlamento para aprovar a autorização a uma resposta militar.
    Soberania turca
    Atalay destacou que o governo sírio assegurou às autoridades turcas que "um incidente deste tipo não se repetirá".
    No entanto, Atalay insistiu que a aprovação pelo Parlamento "não é uma moção para a guerra".
    "A Turquia não busca a guerra, mas é perfeitamente capaz de defender-se contra qualquer ataque que ameace sua soberania", declarou Ömer Celik, um dos vice-presidentes do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP).
    Na quarta-feira à noite, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, já havia manifestado a determinação de responder ao bombardeio.
    "A Turquia nunca deixará impunes tais provocações do regime sírio, que ameaçam nossa segurança nacional, respeitando o direito internacional e suas regras de intervenção", disse Erdogan.
    O incidente de Akçakale foi condenado pelos Estados Unidos e pela Otan, que expressaram solidariedade a Ancara, um dos 28 países membros da Aliança Atlântica.
    Na quarta-feira, o Conselho da Otan se reuniu em caráter de emergência em Bruxelas para exigir que a Síria interrompa as violações flagrantes do direito internacional.

     copiado  http://www.afp.com/

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