Vídeo flagra pouso de avião com 424 quilos de droga no Pantanal de MT


Vídeo flagra pouso de avião com 424 quilos de droga no Pantanal de MT
Descarregamento de monomotor não demorou nem um minuto. Imagens foram captadas nesta quinta-feira (9) pela PF em Poconé.
10/05/2013 20h09 - Atualizado em 10/05/2013 20h09

Descarregamento de monomotor não demorou nem um minuto.
Imagens foram captadas nesta quinta-feira (9) pela PF em Poconé.

Renê Dióz Do G1 MT
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Imagens captadas por agentes da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (9) durante apreensão de pasta-base de cocaína na região do Pantanal mato-grossense mostram o nível de organização das quadrilhas especializadas no narcotráfico entre Bolívia e Brasil. Flagrados em vídeo, homens posteriormente presos por tráfico de drogas conseguiram descarregar 424 quilos de droga de um monomotor numa fazenda próxima à rodovia Transpantaneira, em Poconé (a 104 km de Cuiabá), em menos de um minuto.
No final de abril, a PF recebeu denúncias anônimas dando conta de movimentações anormais em pistas de pouso clandestinas localizadas dentro de fazendas próximas à Transpantaneira (rodovia estadual MT-060). Agentes federais passaram a conversar com pessoas das proximidades e a monitorar a área, explicou o superintendente em exercício da Polícia Federal, Edivaldo Waldemar Genova.
Desta forma, os policiais descobriram que estava marcada a aterrissagem nesta última quinta-feira de uma aeronave com uma quantidade de droga oriunda da Bolívia a ser distribuída no mercado ilícito, provavelmente com destino ao sudeste do país. A equipe se posicionou para flagrar o momento da chegada do monomotor, para acompanhar o descarregamento da droga e para, em seguida, prender os envolvidos. O nome da fazenda onde a ação se desenrolou não foi divulgado para preservar as investigações.
Descarregamento
A PF destacou a destreza com que o piloto do monomotor conseguiu, logo após a aterrissagem, realizar as manobras com rapidez. Após percorrer a pista de pouso, as imagens mostram o piloto virando a aeronave, em nova posição de decolagem, e ele logo aciona o motor novamente.
Pela rapidez, as imagens sugerem que a ação do grupo foi ensaiada. Não se passa nem um minuto, segundo a PF, entre o momento em que a aeronave se posiciona e a nova decolagem. Neste ínterim, cinco integrantes da quadrilha providenciam o descarregamento e a preparação para retirar a droga da fazenda, parte da operação que acabou frustrada pela polícia.
Uma deles estaciona uma caminhonete de ré ao lado da aeronave. Enquanto isso, os outros quatro abrem o monomotor e retiram deles 14 fardos de sacos plásticos com tabletes de pasta-base. Eles nem se importam com a hélice do monomotor, que já entra em atividade. Após a retirada dos fardos, o monomotor inicia a decolagem e nem usa toda a extensão da pista para levantar vôo, escapando da ação policial que logo se deflagraria.
A caminhonete, então, é preparada para partir e um outro integrante do grupo busca um carro de passeio de dentro da mata para servir de “batedor”. Segundo a polícia, o carro seguiria o trajeto na frente da caminhonete a fim de avisar os portadores da droga caso houvesse alguma barreira policial até o destino.
Três foram presos com 424 quilos de cocaína no Pantanal mato-grossense. (Foto: Assessoria/PF)PF ainda investiga quem encomendou a droga
flagrada nas imagens. (Foto: Assessoria/PF)
Investigações
De acordo com o superintendente da PF, após o flagrante a quadrilha foi presa. O motorista que estava como batedor conseguiu escapar com o carro, restando apenas três traficantes presos por tráfico internacional de entorpecentes. O que dirigia a caminhonete também foi indiciado por porte ilegal de arma (um revólver foi encontrado dentro da caminhonete).
A investigação ainda está em sua fase inicial. De posse dos números de prefixo da aeronave e das placas dos carros envolvidos, agora a polícia investiga quem contratou o grupo para descarregamento da droga. As fichas criminais dos três presos também estão sendo levantadas.
Dois confessaram terem sido contratados para descarregar a droga. O terceiro afirmou que havia sido contratado para receber uma carga de armamentos, não de drogas. Todos foram encaminhados à Penitenciária Central do Estado, antigamente conhecida como Presídio do Pascoal Ramos, em Cuiabá.
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