23/09/2013 - 14:21
Cristãos protestam no Paquistão por ataque que deixou 81 mortos
23
Sep
2013
Peshawar (Paquistão) (AFP)
Milhares de cristãos protestaram nesta segunda-feira no Paquistão
após o ataque contra uma igreja cristã em Peshawar, no noroeste do país,
que deixou 81 mortos.
Os protestos, que ocorreram em várias cidades do Paquistão, entre elas Karachi, Islamabad, Lahore e Faisalabad, ocorreram um dia após o duplo atentado suicida contra a Igreja de Todos os Santos de Peshawar, que também deixou mais de 130 feridos.
O ataque, que foi reivindicado pelos talibãs paquistaneses, foi o mais mortífero contra a pequena minoria cristã do Paquistão.
Em frente à Igreja de Todos os Santos, uma centena de pessoas se reuniram na manhã desta segunda-feira para gritar slogans contra a violência e exigindo justiça e uma maior proteção.
Os manifestantes denunciaram o governo por sua incapacidade de proteger os cristãos, que representam 2% da população deste país de 180 milhões de habitantes, em sua maioria muçulmanos.
Em Islamabad, mais de 600 manifestantes bloquearam a principal estrada por várias horas na manhã desta segunda-feira, causando grandes engarrafamentos, disse um fotógrafo da AFP.
O médico Arshad Javed, do hospital Lady Reading de Peshawar, informou à AFP que o número de mortos pelo atentado chegou a 81 durante a noite e o de feridos a 131. Entre as vítimas fatais estavam 37 mulheres.
O balanço anterior do ministro do Interior, Chaudhry Nisar Ali Khan, citava 78 mortos e mais de 100 feridos.
Segundo um funcionário da administração da cidade, Sahibzada Annes, as bombas explodiram logo após o fim da missa, por volta do meio-dia local.
As autoridades sabiam que esta igreja poderia ser atacada e mobilizaram forças de segurança ao seu redor, explicou Anees.
"Estamos em um local que é alvo potencial para os terroristas; foram tomadas medidas especiais para proteger estas igreja. Ainda estamos na fase de socorros, mas quando terminar investigaremos para saber o que falhou", disse no domingo logo após o atentado.
Os talibãs paquistaneses anunciaram a criação de uma nova facção, Junood ul Hifsa, para matar estrangeiros e vingar os ataques dos drones americanos contra a Al-Qaeda nas áreas tribais próximas à fronteira com o Afeganistão.
"Cometemos o atentado suicida na igreja de Peshawar e continuaremos atacando os estrangeiros e não muçulmanos até que parem os ataques de drones", disse por telefone à AFP Ahmad Marwat, um porta-voz do grupo.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou no domingo "este atentado atroz nos mais duros termos" e se declarou "muito preocupado com os atos de violência cega cometidos contra minorias religiosas e étnicas no Paquistão".
Ban Ki-moon pediu ao "governo paquistanês que faça todo o possível para encontrar os culpados e levá-los à Justiça".
O Papa Francisco também condenou o ataque, afirmando que "hoje no Paquistão, por uma opção equivocada de ódio e guerra, foi cometido um atentado (...) mas esse não é o caminho, é preciso encontrar o caminho para construir a paz e um mundo melhor".
copiado http://www.afp.com/pt
Os protestos, que ocorreram em várias cidades do Paquistão, entre elas Karachi, Islamabad, Lahore e Faisalabad, ocorreram um dia após o duplo atentado suicida contra a Igreja de Todos os Santos de Peshawar, que também deixou mais de 130 feridos.
O ataque, que foi reivindicado pelos talibãs paquistaneses, foi o mais mortífero contra a pequena minoria cristã do Paquistão.
Em frente à Igreja de Todos os Santos, uma centena de pessoas se reuniram na manhã desta segunda-feira para gritar slogans contra a violência e exigindo justiça e uma maior proteção.
Os manifestantes denunciaram o governo por sua incapacidade de proteger os cristãos, que representam 2% da população deste país de 180 milhões de habitantes, em sua maioria muçulmanos.
Em Islamabad, mais de 600 manifestantes bloquearam a principal estrada por várias horas na manhã desta segunda-feira, causando grandes engarrafamentos, disse um fotógrafo da AFP.
O médico Arshad Javed, do hospital Lady Reading de Peshawar, informou à AFP que o número de mortos pelo atentado chegou a 81 durante a noite e o de feridos a 131. Entre as vítimas fatais estavam 37 mulheres.
O balanço anterior do ministro do Interior, Chaudhry Nisar Ali Khan, citava 78 mortos e mais de 100 feridos.
Segundo um funcionário da administração da cidade, Sahibzada Annes, as bombas explodiram logo após o fim da missa, por volta do meio-dia local.
As autoridades sabiam que esta igreja poderia ser atacada e mobilizaram forças de segurança ao seu redor, explicou Anees.
"Estamos em um local que é alvo potencial para os terroristas; foram tomadas medidas especiais para proteger estas igreja. Ainda estamos na fase de socorros, mas quando terminar investigaremos para saber o que falhou", disse no domingo logo após o atentado.
Os talibãs paquistaneses anunciaram a criação de uma nova facção, Junood ul Hifsa, para matar estrangeiros e vingar os ataques dos drones americanos contra a Al-Qaeda nas áreas tribais próximas à fronteira com o Afeganistão.
"Cometemos o atentado suicida na igreja de Peshawar e continuaremos atacando os estrangeiros e não muçulmanos até que parem os ataques de drones", disse por telefone à AFP Ahmad Marwat, um porta-voz do grupo.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou no domingo "este atentado atroz nos mais duros termos" e se declarou "muito preocupado com os atos de violência cega cometidos contra minorias religiosas e étnicas no Paquistão".
Ban Ki-moon pediu ao "governo paquistanês que faça todo o possível para encontrar os culpados e levá-los à Justiça".
O Papa Francisco também condenou o ataque, afirmando que "hoje no Paquistão, por uma opção equivocada de ódio e guerra, foi cometido um atentado (...) mas esse não é o caminho, é preciso encontrar o caminho para construir a paz e um mundo melhor".
copiado http://www.afp.com/pt
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