20/09/2013 - 14:43
Beirute (AFP)
A coalizão da oposição síria acusou nesta sexta-feira um grupo de
jihadistas próximo à Al-Qaeda de privilegiar seu projeto de instaurar um
Estado islamita, acima da luta contra o regime de Bashar al-Assad.
A acusação é feita dois dias após os islamitas conquistarem uma localidade ao norte do país, Azaz, fronteiriça com a Turquia. Esta cidade caiu nas mãos do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), mas o fato significativo é que até então não estava controlada pelo regime, mas pelo Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes).
Até agora, o ESL, braço armado da Coalizão Nacional Síria, havia coabitado mais ou menos com o EIIL e com outro grupo jihadista, a Frente al-Nusra, também vinculada à Al-Qaeda.
A coalizão da oposição "condenou as agressões do EIIL contra as forças da revolução (...) e seu desprezo pela vida dos sírios". É a primeira vez que esta coalizão, que reúne uma ampla gama de tendências, se eleva com tanta firmeza contra um grupo jihadista.
A coalizão denunciou que o EIIL "serve interesses externos e convoca a instauração de um Estado (islâmico) no Estado sírio, violando a soberania nacional" síria.
Também o acusa de ter "renunciado a combater o regime em diferentes zonas, e a tentar reforçar seu controle nas zonas libertadas".
A coalizão também ressalta suas divergências com a ideologia do EIIL ao destacar que "o povo sírio é propenso à moderação e ao respeito das religiões e do pluralismo político, e rejeita o pensamento extremista e a exclusão, que se traduzem em atos criminosos contra muçulmanos e não muçulmanos".
Embora em Azaz o ESL e o EIIL tenham acertado uma trégua, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o problema subjacente continua presente.
A entrada dos combatentes do EIIL provocou a ira de vários moradores da localidade, que viram como o grupo impunha a sharia (lei islâmica) e atacava civis. No entanto, alguns nesta cidade não ocultaram seu apoio aos jihadistas.
O regime de Damasco não para de afirmar que a rebelião está dominada de forma quase total por jihadistas próximos à Al-Qaeda. Do outro lado, o chefe da coalizão opositora, Ahmad Jarba, favorável a uma intervenção armada contra a Síria, disse que esta ação militar externa permitiria lutar contra estes grupos islamitas.
Neste contexto, os Estados Unidos convocaram na quinta-feira o Conselho de Segurança da ONU a votar na próxima semana uma resolução sobre a Síria, enquanto o Irã se ofereceu para mediar o conflito.
Um relatório definitivo da ONU constatou que o regime sírio utilizou armas químicas durante um ataque em agosto, disse o secretário americano de Estado, John Kerry.
"O Conselho de Segurança deve se preparar para agir na próxima semana. É vital para a comunidade internacional ficar de pé e falar alto", acrescentou.
copiado http://www.afp.com/pt/
A acusação é feita dois dias após os islamitas conquistarem uma localidade ao norte do país, Azaz, fronteiriça com a Turquia. Esta cidade caiu nas mãos do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), mas o fato significativo é que até então não estava controlada pelo regime, mas pelo Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes).
Até agora, o ESL, braço armado da Coalizão Nacional Síria, havia coabitado mais ou menos com o EIIL e com outro grupo jihadista, a Frente al-Nusra, também vinculada à Al-Qaeda.
A coalizão da oposição "condenou as agressões do EIIL contra as forças da revolução (...) e seu desprezo pela vida dos sírios". É a primeira vez que esta coalizão, que reúne uma ampla gama de tendências, se eleva com tanta firmeza contra um grupo jihadista.
A coalizão denunciou que o EIIL "serve interesses externos e convoca a instauração de um Estado (islâmico) no Estado sírio, violando a soberania nacional" síria.
Também o acusa de ter "renunciado a combater o regime em diferentes zonas, e a tentar reforçar seu controle nas zonas libertadas".
A coalizão também ressalta suas divergências com a ideologia do EIIL ao destacar que "o povo sírio é propenso à moderação e ao respeito das religiões e do pluralismo político, e rejeita o pensamento extremista e a exclusão, que se traduzem em atos criminosos contra muçulmanos e não muçulmanos".
Embora em Azaz o ESL e o EIIL tenham acertado uma trégua, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o problema subjacente continua presente.
A entrada dos combatentes do EIIL provocou a ira de vários moradores da localidade, que viram como o grupo impunha a sharia (lei islâmica) e atacava civis. No entanto, alguns nesta cidade não ocultaram seu apoio aos jihadistas.
O regime de Damasco não para de afirmar que a rebelião está dominada de forma quase total por jihadistas próximos à Al-Qaeda. Do outro lado, o chefe da coalizão opositora, Ahmad Jarba, favorável a uma intervenção armada contra a Síria, disse que esta ação militar externa permitiria lutar contra estes grupos islamitas.
Neste contexto, os Estados Unidos convocaram na quinta-feira o Conselho de Segurança da ONU a votar na próxima semana uma resolução sobre a Síria, enquanto o Irã se ofereceu para mediar o conflito.
Um relatório definitivo da ONU constatou que o regime sírio utilizou armas químicas durante um ataque em agosto, disse o secretário americano de Estado, John Kerry.
"O Conselho de Segurança deve se preparar para agir na próxima semana. É vital para a comunidade internacional ficar de pé e falar alto", acrescentou.
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