11/11/2013 - 18:46
Gaza (Territórios palestinos) (AFP)
Nove anos depois de sua morte, a imagem de Yasser Arafat ainda pesa
muito nas rivalidades políticas entre os palestinos e no conflito com
Israel.
Na Faixa de Gaza, o movimento islamita Hamas, que governa o enclave palestino, não autorizou a realização de cerimônias em sua memória nesta segunda-feira diante da falta de acordo com o Fatah, o movimento de Arafat, sobre como lembrá-lo.
Por isso, um grupo desconhecido batizado de Tamarrod convocou um protesto contra o Hamas, mas seu chamado não foi seguido em Gaza, onde havia uma forte presença policial.
Na Cisjordânia, administrada pelo Fatah, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, se comprometeu em um discurso divulgado no domingo à noite a buscar toda a verdade sobre a morte de Abu Amar (nome de guerra de Arafat).
O sobrinho do histórico chefe palestino, Nasser al-Qidwa, presidente da Fundação Yasser Arafat, declarou nesta segunda-feira que as recentes análises médicas dos restos mortais do líder histórico reforçaram sua convicção de que ele foi envenenado com polônio.
"É preciso tomar uma posição política clara condenando Israel e atribuindo-lhe responsabilidade", insistiu, poucos dias depois de análises médicas suíças e russas terem demonstrado a presença de quantidades anormais de polônio 2010 nos restos mortais de Arafat.
As análises indicaram que Arafat "não morreu de velhice, nem de doença, mas por envenenamento", afirmou na sexta-feira o doutor Abdullah al-Bashir, chefe da equipe médica da comissão de investigação, informando, no entanto, que as análises não permitiam determinar a causa da morte.
Um "obstáculo para a paz"
"Se o Hamas estivesse tão preocupado com o martírio de Abu Amar, autorizaria as cerimônias de celebração em Gaza", afirmou na sexta-feira o presidente da comissão de investigação palestina, Tawfiq Tiraui, apontando Israel como principal e único suspeito.
"Alguns mortos têm às vezes um poder e uma presença que os vivos no poder não têm', afirmou na semana passada uma colunista do jornal pan-árabe Alsharq al-Awsat.
"De seu túmulo, Arafat é capaz de mudar o curso dos acontecimentos em momentos críticos", considerou, apontando a coincidência no momento dos resultados com uma visita do secretário americano de Estado, John Kerry, para salvar as negociações de paz entre palestinos e israelenses.
Quando ele ainda vivia, o Governo israelense e a administração americana da época acusavam Arafat de ser o responsável pelos episódios de violência da segunda Intifada, que acabou, de fato, em 2005, meses após sua morte.
"Nove anos após o assassinato de Arafat, classificado por Israel como um obstáculo para a paz, o cenário não mudou, e chegou o momento de Israel compreender que nenhum palestino renunciará às causas nacionais palestinas que Arafat apoiava", comentou o jornal pan-árabe Al-Quds al-Arabi depois da divulgação dos relatórios médicos.
A comissão de investigação palestina também manifestou seu descontentamento pelo fato de o relatório médico francês não ter sido divulgado. "A França sabe toda a verdade e os detalhes sobre o martírio de Yasser Arafat", insistiu.
As causas da morte de Arafat, no dia 11 de novembro de 2004 em um hospital militar francês, não foram esclarecidas e muitos palestinos suspeitam que Israel esteja por trás de um envenenamento, algo que o Estado judaico sempre negou.
A alguns dias da visita do presidente francês, François Hollande, a Israel e aos Territórios Palestinos, Paris explicou que os relatórios médicos eram uma informação judicial e que sua transmissão dependia do poder judiciário, que ainda não havia recebido as avaliações médicas.
COPIADO http://www.afp.com
Na Faixa de Gaza, o movimento islamita Hamas, que governa o enclave palestino, não autorizou a realização de cerimônias em sua memória nesta segunda-feira diante da falta de acordo com o Fatah, o movimento de Arafat, sobre como lembrá-lo.
Por isso, um grupo desconhecido batizado de Tamarrod convocou um protesto contra o Hamas, mas seu chamado não foi seguido em Gaza, onde havia uma forte presença policial.
Na Cisjordânia, administrada pelo Fatah, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, se comprometeu em um discurso divulgado no domingo à noite a buscar toda a verdade sobre a morte de Abu Amar (nome de guerra de Arafat).
O sobrinho do histórico chefe palestino, Nasser al-Qidwa, presidente da Fundação Yasser Arafat, declarou nesta segunda-feira que as recentes análises médicas dos restos mortais do líder histórico reforçaram sua convicção de que ele foi envenenado com polônio.
"É preciso tomar uma posição política clara condenando Israel e atribuindo-lhe responsabilidade", insistiu, poucos dias depois de análises médicas suíças e russas terem demonstrado a presença de quantidades anormais de polônio 2010 nos restos mortais de Arafat.
As análises indicaram que Arafat "não morreu de velhice, nem de doença, mas por envenenamento", afirmou na sexta-feira o doutor Abdullah al-Bashir, chefe da equipe médica da comissão de investigação, informando, no entanto, que as análises não permitiam determinar a causa da morte.
Um "obstáculo para a paz"
"Se o Hamas estivesse tão preocupado com o martírio de Abu Amar, autorizaria as cerimônias de celebração em Gaza", afirmou na sexta-feira o presidente da comissão de investigação palestina, Tawfiq Tiraui, apontando Israel como principal e único suspeito.
"Alguns mortos têm às vezes um poder e uma presença que os vivos no poder não têm', afirmou na semana passada uma colunista do jornal pan-árabe Alsharq al-Awsat.
"De seu túmulo, Arafat é capaz de mudar o curso dos acontecimentos em momentos críticos", considerou, apontando a coincidência no momento dos resultados com uma visita do secretário americano de Estado, John Kerry, para salvar as negociações de paz entre palestinos e israelenses.
Quando ele ainda vivia, o Governo israelense e a administração americana da época acusavam Arafat de ser o responsável pelos episódios de violência da segunda Intifada, que acabou, de fato, em 2005, meses após sua morte.
"Nove anos após o assassinato de Arafat, classificado por Israel como um obstáculo para a paz, o cenário não mudou, e chegou o momento de Israel compreender que nenhum palestino renunciará às causas nacionais palestinas que Arafat apoiava", comentou o jornal pan-árabe Al-Quds al-Arabi depois da divulgação dos relatórios médicos.
A comissão de investigação palestina também manifestou seu descontentamento pelo fato de o relatório médico francês não ter sido divulgado. "A França sabe toda a verdade e os detalhes sobre o martírio de Yasser Arafat", insistiu.
As causas da morte de Arafat, no dia 11 de novembro de 2004 em um hospital militar francês, não foram esclarecidas e muitos palestinos suspeitam que Israel esteja por trás de um envenenamento, algo que o Estado judaico sempre negou.
A alguns dias da visita do presidente francês, François Hollande, a Israel e aos Territórios Palestinos, Paris explicou que os relatórios médicos eram uma informação judicial e que sua transmissão dependia do poder judiciário, que ainda não havia recebido as avaliações médicas.
COPIADO http://www.afp.com
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