Croácia
Extraditado ex-responsável da espionagem para a Alemanha |
Extraditado ex-responsável da espionagem para a Alemanha
A polícia de Zagreb deteve hoje um antigo chefe dos serviços de
informações deste país que era procurado pela Alemanha pela presumível
implicação no assassínio de um dissidente croata em 1983 na capital
alemã.
Josip
Perkovic, que integrou os serviços secretos da ex-Jugoslávia e dirigiu
os serviços de informações da Croácia, após a independência em 1991, era
procurado pela justiça alemã há vários anos em relação com a morte de
um opositor ao regime de Tito. A detenção verificou-se no primeiro dia
da entrada em vigor na Croácia do mandato de prisão europeu, que
estabelece novas regras de extradição entre os países membros da União
Europeia (UE).
Perkovic vai contestar a extradição, disse o seu advogado à rádio nacional. A justiça croata deve pronunciar-se sobre nos próximos oito dias sobre o caso de Perkovic, na origem de um diferendo entre Bruxelas e Zagreb logo após a entrada da Croácia na UE a um de julho 2013.
Três dias antes da adesão, a Croácia aprovara uma lei que limitava o mandato de prisão europeu a casos posteriores a agosto de 2002. Ficavam assim excluídos os crimes cometidos na época da Jugoslávia (1945-1990) e durante a guerra servo-croata (1991-1995).
A questão envolvendo Perkovic chegou a criar tensões entre a Croácia e a Alemanha, seu tradicional aliado, tendo a chanceler Angela Merkel estado ausente da cerimónia de adesão como forma de expressar o seu descontentamento. Só a ameaça de sanções por parte da Comissão Europeia levou Zagreb a mudar de atitude, reformulando a lei que limitava o alcance do mandato europeu.
Segundo os media croatas, as reticências do poder político em Zagreb estariam relacionadas com informações em posse de Perkovic que poderiam comprometer os círculos dirigentes do país.
copiado http://www.dn.pt
Perkovic vai contestar a extradição, disse o seu advogado à rádio nacional. A justiça croata deve pronunciar-se sobre nos próximos oito dias sobre o caso de Perkovic, na origem de um diferendo entre Bruxelas e Zagreb logo após a entrada da Croácia na UE a um de julho 2013.
Três dias antes da adesão, a Croácia aprovara uma lei que limitava o mandato de prisão europeu a casos posteriores a agosto de 2002. Ficavam assim excluídos os crimes cometidos na época da Jugoslávia (1945-1990) e durante a guerra servo-croata (1991-1995).
A questão envolvendo Perkovic chegou a criar tensões entre a Croácia e a Alemanha, seu tradicional aliado, tendo a chanceler Angela Merkel estado ausente da cerimónia de adesão como forma de expressar o seu descontentamento. Só a ameaça de sanções por parte da Comissão Europeia levou Zagreb a mudar de atitude, reformulando a lei que limitava o alcance do mandato europeu.
Segundo os media croatas, as reticências do poder político em Zagreb estariam relacionadas com informações em posse de Perkovic que poderiam comprometer os círculos dirigentes do país.
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