PM de França Valls congela prestações sociais para reduzir défice


PM de França
Manuel Valls, primeiro-ministro de França

Valls congela prestações sociais para reduzir défice


O primeiro-ministro francês Manuel Valls anunciou hoje o congelamento das prestações sociais e a manutenção do congelamento dos salários dos funcionários públicos no contexto de poupanças de 50 mil milhões...

por AFP, traduzido Patrícia Viegas
Manuel Valls, primeiro-ministro de França
Manuel Valls, primeiro-ministro de França Fotografia © Reuters
O primeiro-ministro francês Manuel Valls anunciou hoje o congelamento das prestações sociais e a manutenção do congelamento dos salários dos funcionários públicos no contexto de poupanças de 50 mil milhões de euros que quer fazer na despesa pública daqui até 2017.Socialista, Valls suscitou de imediato críticas dentro do PS e fora dele.
O chefe do Governo socialista precisou hoje pela primeira vez como serão feitas as poupanças anunciadas pelo Presidente François Hollande em janeiro, reafirmando que "a França cumprirá os seus compromissos", no sentido de reduzir o défice público para 3% do PIB.
"Temos que recuperar a nossa soberania", sublinhou, depois de lembrar que a dívida, que representava 50% do PIB em 2002, foi de 90% em 2012, no final do mandato do ex-presidente Nicolas Sarkozy.
Valls, que tomou posse como primeiro-ministro a 31 de março, confirmou as grandes linhas para poupar 50 mil milhões de euros entre 2015 e 2017: 18 mil milhões no Estado, 11 mil milhões nas entidades territoriais e 21 mil milhões na proteção social.
As pensões serão congeladas - salvo as mais modestas - tal como algumas das prestações sociais. As prestações concedidas aos mais necessitados não serão, porém, afetadas, refere a AFP.
As despesas do Estado serão reduzidas graças à diminuição de funcionários públicos (salvo na educação, na justiça e na polícia) e à manutenção do congelamento dos salários que está em vigor desde 2010. As entidades locais também serão chamadas a fazer economias.
Para compensar estas medidas, Valls anunciou que, daqui até junho, haverá "medidas a favor dos contribuintes mais modestos". O chefe do Governo anunciou também que, numa altura em que a taxa de desemprego em França é de 10%, "a primeira prioridade, é mais emprego".
Valls prosseguiu: "Reduzir os défices é arranjar margens de manobra para investir, para preparar o futuro, é assegurar a sustentabilidade do nosso modelo social e a modernização dos nossos serviços públicos", afirmou.
Confirmando a sua vontade de ir mais longe, o primeiro-ministro anunciou que o programa orçamental será analisado a 23 de abril em Conselho de Ministros, sendo depois submetido a votação no Parlamento a 30 de abril, antes de ser comunicado a Bruxelas.
"Não fomos eleitos para organizar a perda do poder de compra dos reformados, dos funcionários e dos assalariados que beneficiam de prestações sociais", declarou Christian Paul, deputado socialista, dizendo estar a falar em nome dos 150 deputados socialistas.
"Valls faz de solicitador da Comissão Europeia. A Comissão diz: 'Paguem'. E Valls começa logo a cobrança", escreveu, no Twitter, o líder da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon.   
COPIADO  http://www.dn.pt

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...