Venezuela
Oposição põe 4 condições para dialogar com o Governo
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato
Confrontos durante manifestações na Venezuela
Fotografia © Reuters
A coligação Mesa de Unidade Democrática (MUD), da oposição venezuelana,
entregou segunda-feira uma carta à missão de ministros de Relações
Exteriores da União de Nações da América do Sul (Unasul), na qual coloca
quatro condições para dialogar com o Governo.
"Estamos na disposição de ter
um diálogo verdadeiro, com uma agenda clara, em igualdade de condições e
cujo primeiro encontro seja transmitido em direto, em cadeia nacional
de rádio e televisão" explica.
O documento sublinha que, devido ao clima de desconfiança existente na atualidade entre o Governo e a oposição, é indispensável a presença de "uma terceira (parte) de boa fé, que garanta, facilite e, de ser necessário, seja mediador", escolhido por ambas partes.
Segundo uma cópia da carta, a que a Agência Lusa teve acesso, a MUD exige, como condições para o diálogo, que seja criada uma lei de amnistia que ponha fim aos processos penais em curso e que coloque em liberdade os presos políticos e possibilite o regresso de venezuelanos exilados no exterior.
No leque das condições está também a criação de uma comissão independente baseada no modelo das experiências de países amigos que estabeleça os fatos de forma clara e confiante para todos, integrada por venezuelanos de alto nível e reconhecida honorabilidade, sem predomínio de nenhum setor.
Segundo a MUD tem de haver da parte do Executivo um compromisso para a renovação equilibrada dos poderes públicos cujo período de funções já acabou, entre eles as autoridades do Conselho Nacional Eleitoral, do Supremo Tribunal de Justiça, do Ministério Público e da Defensoria do Povo (Provedoria).
O documento sublinha que, devido ao clima de desconfiança existente na atualidade entre o Governo e a oposição, é indispensável a presença de "uma terceira (parte) de boa fé, que garanta, facilite e, de ser necessário, seja mediador", escolhido por ambas partes.
Segundo uma cópia da carta, a que a Agência Lusa teve acesso, a MUD exige, como condições para o diálogo, que seja criada uma lei de amnistia que ponha fim aos processos penais em curso e que coloque em liberdade os presos políticos e possibilite o regresso de venezuelanos exilados no exterior.
No leque das condições está também a criação de uma comissão independente baseada no modelo das experiências de países amigos que estabeleça os fatos de forma clara e confiante para todos, integrada por venezuelanos de alto nível e reconhecida honorabilidade, sem predomínio de nenhum setor.
Segundo a MUD tem de haver da parte do Executivo um compromisso para a renovação equilibrada dos poderes públicos cujo período de funções já acabou, entre eles as autoridades do Conselho Nacional Eleitoral, do Supremo Tribunal de Justiça, do Ministério Público e da Defensoria do Povo (Provedoria).
Por
outro lado, é exigida a desmobilização e o desarmamento, verificado por
observadores internacionais, dos grupos de paramilitares e
para-policiais conhecidos como 'coletivos', porque são um risco
permanente para a paz e uma ameaça para a sociedade.
Segunda-feira o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou ter aceitado um pedido dos ministros da Unasul para se reunir com uma delegação da oposição, de forma a facilitar o diálogo.
Após o encontro, que teve lugar no palácio presidencial de Miraflores, Nicolás Maduro, sublinhou que se este diálogo se concretizar, a Venezuela enviava "uma grande mensagem de paz e de democracia" para todo o mundo.
Há quase dois meses que se registam diariamente protestos em várias regiões da Venezuela que resultaram, de acordo com dados oficiais, em 39 mortos, 608 feridos, 81 denúncias de alegadas violações de Direitos Humanos e avultados danos materiais.
O Governo venezuelano insiste que está em curso um "golpe de Estado continuado" contra o Presidente Nicolás Maduro, legitimamente eleito.
Governo e oposição acusam-se mutuamente da responsabilidade da violência.
COPIADO http://www.dn.pt/
Segunda-feira o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou ter aceitado um pedido dos ministros da Unasul para se reunir com uma delegação da oposição, de forma a facilitar o diálogo.
Após o encontro, que teve lugar no palácio presidencial de Miraflores, Nicolás Maduro, sublinhou que se este diálogo se concretizar, a Venezuela enviava "uma grande mensagem de paz e de democracia" para todo o mundo.
Há quase dois meses que se registam diariamente protestos em várias regiões da Venezuela que resultaram, de acordo com dados oficiais, em 39 mortos, 608 feridos, 81 denúncias de alegadas violações de Direitos Humanos e avultados danos materiais.
O Governo venezuelano insiste que está em curso um "golpe de Estado continuado" contra o Presidente Nicolás Maduro, legitimamente eleito.
Governo e oposição acusam-se mutuamente da responsabilidade da violência.
COPIADO http://www.dn.pt/
Nenhum comentário:
Postar um comentário