Avança a revista 'Der Spiegel'
Cameron terá ameaçado sair da UE por causa de Juncker
Avança a revista 'Der Spiegel'
Cameron terá ameaçado sair da UE por causa de Juncker
por Patrícia Viegas, com agências
Jean-Claude
Juncker, ex-primeiro-ministro do Luxemburgo, ex-presidente do
Eurogrupo, é o candidato do PPE à presidência da Comissão Europeia
Fotografia © Reuters
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, terá ameaçado
indiretamente os seus parceiros europeus com a saída do Reino Unido da
União Europeia se o ex-primeiro-ministro luxemburguês Jean-Claude
Juncker for presidente da Comissão Europeia, noticia a última edição da
revista alemã 'Der Spiegel'.
Citando "fontes próximas dos
participantes" da cimeira informal da terça-feira passada, em Bruxelas, a
revista refere que Cameron teria dito que a escolha de Juncker para
suceder a Durão Barroso "desestabilizaria nesta altura o seu Governo e
que isso poderia levá-lo a antecipar o referendo sobre a UE, o qual
resultaria provavelmente na vitória do 'Não' à permanência britânica na
UE".
Cameron, do Partido Conservador, prometeu para 2017 um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. O chefe do Governo britânico iria fazer desse um dos temas de campanha para as legislativas de 2015.
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Questionado pela AFP, um porta-voz do número 10 de Downing Street recusou fazer comentários sobre os excertos do artigo divulgados pela 'Der Spiegel': "Não fazemos comentários sobre potenciais candidatos nesta altura pois é cedo".
Segundo a publicação alemã, Cameron terá dito aos seus parceiros, entre os quais à chanceler alemã Angela Merkel, que "uma figura dos anos 80 não pode resolver os problemas dos cinco próximos anos".
No mesmo dia, ainda segundo a AFP, o ex-eurodeputados Daniel Cohn-Bendit apelou ao grupo políticos dos Verdes no Parlamento Europeu que apoiem Juncker, ex-presidente do Eurogrupo, para a presidência da Comissão. "Sabem que sou crítico de muitas coisas sobre Juncker, mas dada a situação atual eu recomendo aos eurodeputados que o apoiem", disse, citado pelo jornal 'Frankfurter Rundschau'. Cohn-Bendit, que foi eurodeputado dos Verdes durante 20 anos, argumenta que a eleição de Juncker permitirá fazer evoluir a democracia na União Europeia.
Com o mesmo argumento, Alexis Tsipras, o líder do Syriza, que era candidato da Esquerda Europeia à presidência da Comissão Europeia, também fez saber esta semana, através de um comunicado, que por respeito ao resultado das eleições europeias também considera que deve ser Juncker o primeiro a tentar a sorte, sendo submetido a votação no novo Parlamento Europeu. Para ser aprovado, precisa de uma maioria absoluta de 376 eurodeputados em 751.
Nestas europeias, o PPE elegeu 213 eurodeputados, os Socialistas e Democratas, cujo candidato à liderança da Comissão era Martin Schulz, conseguiram eleger 191. Apesar da vitória, a vantagem é menor do que a que os conservadores europeus têm no Parlamento Europeu cessante.
Além de Juncker, Schulz e Tsipras eram também candidatos à presidência da Comissão Guy Verhofstadt, pelos liberais, José Bové e Ska Keller, pelos Verdes. Participaram em vários debates, realizados em vários países, transmitidos por vários media em diferentes Estados membros, mas mesmo assim a taxa de abstenção nas europeias manteve-se na mesma e foi de 43%.
Segundo o Tratado de Lisboa, à luz do qual é eleito o novo Parlamento Europeu, na hora de escolher um nome para a presidência da Comissão, o Conselho Europeu deve ter em conta o resultado das europeias. Deve. Mas isso não quer dizer que seja obrigado a fazê-lo, como defendem, aliás, algumas vozes na UE.
Na sexta-feira, talvez numa resposta dirigida a David Cameron, o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, Steffen Steibert, fez saber, citado pela AFP, que ela mantém o seu apoio a Juncker. "Conduz todas as discussões no espírito de que Jean-Claude Juncker deve ser o presidente da Comissão", disse Steffen Steibert, depois de Merkel ter sido criticada pelos media alemães por não ter manifestado de forma explícita o seu apoio ao ex-primeiro-ministro do Luxemburgo e ex-presidente do Eurogrupo.
COPIADO http://www.dn.pt/inicio/globo/
Cameron, do Partido Conservador, prometeu para 2017 um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. O chefe do Governo britânico iria fazer desse um dos temas de campanha para as legislativas de 2015.
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Questionado pela AFP, um porta-voz do número 10 de Downing Street recusou fazer comentários sobre os excertos do artigo divulgados pela 'Der Spiegel': "Não fazemos comentários sobre potenciais candidatos nesta altura pois é cedo".
Segundo a publicação alemã, Cameron terá dito aos seus parceiros, entre os quais à chanceler alemã Angela Merkel, que "uma figura dos anos 80 não pode resolver os problemas dos cinco próximos anos".
No mesmo dia, ainda segundo a AFP, o ex-eurodeputados Daniel Cohn-Bendit apelou ao grupo políticos dos Verdes no Parlamento Europeu que apoiem Juncker, ex-presidente do Eurogrupo, para a presidência da Comissão. "Sabem que sou crítico de muitas coisas sobre Juncker, mas dada a situação atual eu recomendo aos eurodeputados que o apoiem", disse, citado pelo jornal 'Frankfurter Rundschau'. Cohn-Bendit, que foi eurodeputado dos Verdes durante 20 anos, argumenta que a eleição de Juncker permitirá fazer evoluir a democracia na União Europeia.
Com o mesmo argumento, Alexis Tsipras, o líder do Syriza, que era candidato da Esquerda Europeia à presidência da Comissão Europeia, também fez saber esta semana, através de um comunicado, que por respeito ao resultado das eleições europeias também considera que deve ser Juncker o primeiro a tentar a sorte, sendo submetido a votação no novo Parlamento Europeu. Para ser aprovado, precisa de uma maioria absoluta de 376 eurodeputados em 751.
Nestas europeias, o PPE elegeu 213 eurodeputados, os Socialistas e Democratas, cujo candidato à liderança da Comissão era Martin Schulz, conseguiram eleger 191. Apesar da vitória, a vantagem é menor do que a que os conservadores europeus têm no Parlamento Europeu cessante.
Além de Juncker, Schulz e Tsipras eram também candidatos à presidência da Comissão Guy Verhofstadt, pelos liberais, José Bové e Ska Keller, pelos Verdes. Participaram em vários debates, realizados em vários países, transmitidos por vários media em diferentes Estados membros, mas mesmo assim a taxa de abstenção nas europeias manteve-se na mesma e foi de 43%.
Segundo o Tratado de Lisboa, à luz do qual é eleito o novo Parlamento Europeu, na hora de escolher um nome para a presidência da Comissão, o Conselho Europeu deve ter em conta o resultado das europeias. Deve. Mas isso não quer dizer que seja obrigado a fazê-lo, como defendem, aliás, algumas vozes na UE.
Na sexta-feira, talvez numa resposta dirigida a David Cameron, o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, Steffen Steibert, fez saber, citado pela AFP, que ela mantém o seu apoio a Juncker. "Conduz todas as discussões no espírito de que Jean-Claude Juncker deve ser o presidente da Comissão", disse Steffen Steibert, depois de Merkel ter sido criticada pelos media alemães por não ter manifestado de forma explícita o seu apoio ao ex-primeiro-ministro do Luxemburgo e ex-presidente do Eurogrupo.
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