Obama envia 80 militares para buscar as 200 jovens sequestradas
Marc Bassets
Washington
O presidente dos EUA ampliará o uso de ‘drones’ no Chade para localizar e resgatar as 200 jovens raptadas pelo Boko HaramO presidente dos EUA ampliará o uso de ‘drones’ para localizar e resgatar as 200 jovens raptadas pelo Boko Haram
Marc Bassets
Washington
21 MAI 2014 - 21:08 BRT
Os Estados Unidos enviaram 80 militares ao Chade, um aliado de
Washington na África, para ajudarem a localizar e resgatar as mais de 200 meninas sequestradas no mês passado na vizinha Nigéria pelo grupo islamista Boko Haram. Em uma carta ao líder da Câmara dos Representantes, o speaker
John Boehner, o presidente dos EUA, Barack Obama, informou nesta
quarta-feira que essa tropas “apoiarão a operação de inteligência,
vigilância e reconhecimento aéreo” no norte da Nigéria, onde
supostamente se encontram as meninas.
Os 80 militares que participarão da busca das sequestradas se somam a 30 especialistas que a Administração Obama enviou há alguns dias para respaldar o Governo Nigeriano no esforço de resgate. A força militar, explica Obama na carta a Boehner, permanecerá no Chade até que a ajuda norte-americana deixe de ser necessária. Na carta, fundamentada na Resolução de Poderes de Guerra dos EUA, o presidente não especifica quem pediu a intervenção dos EUA.
A missão não contempla o deslocamento de tropas de combate, segundo uma fonte militar citada pela agência Associated Press. Um total de 40 militares se encarregará de lançar e recuperar drones ou aviões controlados a distância. O restante garantirá a segurança dessa equipe. Trata-se dos drones Predator que se unirão aos Global Hawks, já em uso na região, acrescenta a agência. Os voos partirão do Chade e dali sobrevoarão a região da Nigéria onde podem estar escondidos os captores e as sequestradas.
O anúncio chega duas semanas depois que o sequestro das alunas de uma escola nigeriana chamou a atenção da opinião pública mundial e mobilizou desde as redes sociais até o presidente dos EUA e a primeira-dama, Michelle Obama. “Talvez este seja o acontecimento que finalmente mobilize toda a comunidade internacional para fazer algo contra essa organização horrorosa que perpetrou esse crime horrível”, disse Obama em 6 de maio, em uma entrevista na televisão.
A decisão de Obama representa um incremento no envolvimento dos EUA na crise. Não será fácil que os drones consigam resolver o problema. Na terça-feira, em declarações à imprensa, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que localizar as sequestradas é mais difícil do que encontrar uma agulha em um palheiro. “É uma agulha em uma selva. Estamos falando de uma zona que tem aproximadamente o tamanho da Virgínia Ocidental e é uma floresta selvagem, densa”, disse Kirby.
O envio dos militares anunciado nesta quarta-feira não é incomum para o Governo Obama. A guerra sigilosa, com drones e forças especiais, se transformou nos últimos anos no método preferido de um presidente que resiste a comprometer seus Exércitos em conflitos distantes. E, pela presença crescente de grupos islamitas radicais, a África é um dos cenários dessa guerra.
Em março, o presidente reforçou a participação dos EUA na busca do chefe rebelde Joseph Kony com o envio de aviões militares e 150 membros das forças especiais a Uganda. Em janeiro, dezenas de membros das forças especiais aterrissaram no oeste de Túnis para assessorar as Forças Armadas tunisianas em táticas antiterroristas. São dois exemplos. No norte da África e na África subsaariana, 5000 militares norte-americanos realizam regularmente missões militares ou de treinamento, segundo dados citados pelo Los Angeles Times.
copiado http://brasil.elpais.com/
Os 80 militares que participarão da busca das sequestradas se somam a 30 especialistas que a Administração Obama enviou há alguns dias para respaldar o Governo Nigeriano no esforço de resgate. A força militar, explica Obama na carta a Boehner, permanecerá no Chade até que a ajuda norte-americana deixe de ser necessária. Na carta, fundamentada na Resolução de Poderes de Guerra dos EUA, o presidente não especifica quem pediu a intervenção dos EUA.
A missão não contempla o deslocamento de tropas de combate, segundo uma fonte militar citada pela agência Associated Press. Um total de 40 militares se encarregará de lançar e recuperar drones ou aviões controlados a distância. O restante garantirá a segurança dessa equipe. Trata-se dos drones Predator que se unirão aos Global Hawks, já em uso na região, acrescenta a agência. Os voos partirão do Chade e dali sobrevoarão a região da Nigéria onde podem estar escondidos os captores e as sequestradas.
O anúncio chega duas semanas depois que o sequestro das alunas de uma escola nigeriana chamou a atenção da opinião pública mundial e mobilizou desde as redes sociais até o presidente dos EUA e a primeira-dama, Michelle Obama. “Talvez este seja o acontecimento que finalmente mobilize toda a comunidade internacional para fazer algo contra essa organização horrorosa que perpetrou esse crime horrível”, disse Obama em 6 de maio, em uma entrevista na televisão.
A decisão de Obama representa um incremento no envolvimento dos EUA na crise. Não será fácil que os drones consigam resolver o problema. Na terça-feira, em declarações à imprensa, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que localizar as sequestradas é mais difícil do que encontrar uma agulha em um palheiro. “É uma agulha em uma selva. Estamos falando de uma zona que tem aproximadamente o tamanho da Virgínia Ocidental e é uma floresta selvagem, densa”, disse Kirby.
O envio dos militares anunciado nesta quarta-feira não é incomum para o Governo Obama. A guerra sigilosa, com drones e forças especiais, se transformou nos últimos anos no método preferido de um presidente que resiste a comprometer seus Exércitos em conflitos distantes. E, pela presença crescente de grupos islamitas radicais, a África é um dos cenários dessa guerra.
Em março, o presidente reforçou a participação dos EUA na busca do chefe rebelde Joseph Kony com o envio de aviões militares e 150 membros das forças especiais a Uganda. Em janeiro, dezenas de membros das forças especiais aterrissaram no oeste de Túnis para assessorar as Forças Armadas tunisianas em táticas antiterroristas. São dois exemplos. No norte da África e na África subsaariana, 5000 militares norte-americanos realizam regularmente missões militares ou de treinamento, segundo dados citados pelo Los Angeles Times.
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