Os candidatos presidenciais egípcios, o marechal Abdel Fattah al-Sissi e
o político veterano de esquerda Hamdeen Sabbahi, depositaram hoje o seu
voto no Cairo.
- Abertas assembleias de voto para presidenciais
- Egito vai às urnas
Fotografia © Reuters
Os candidatos presidenciais egípcios, o marechal Abdel Fattah al-Sissi e
o político veterano de esquerda Hamdeen Sabbahi, depositaram hoje o seu
voto no Cairo.
Apontando como claro favorito,
Abdel Fattah al-Sissi, de 59 anos, apelidado como o novo homem forte do
Egito, depois de ter deposto, em julho de 2013, o Presidente Mohamed
Morsi, votou 20 minutos depois da abertura das assembleias de voto no
próspero bairro de Heliopolis, no leste, onde eleitores que esperavam
pela sua vez se aproximaram para o cumprimentar, segundo a agência
oficial Mena.
Com as eleições -- que prosseguem na terça-feira --
"o povo egípcio escreve a sua história e futuro e o mundo inteiro é
testemunha disso", afirmou, depois de deixar o local de votação.
Por
seu lado, o político veterano de esquerda Hamdeen Sabbahi, de 60 anos,
votou no colégio de Sayeda Hadiga, no bairro de classe média de
Mohandisin, oeste do Cairo, depois de ter esperado meia hora na fila.
Antes
de depositar o seu voto, o dirigente da Corrente Popular disse aos
jornalistas que tem grande esperança em Deus e que o seu objetivo é
conseguir "justiça social, construir uma democracia sã e reformar a
administração do país".
Nesse sentido, afirmou confiar na
capacidade dos egípcios para escolherem o candidato competente para
governar o país, instando o povo a exercer o seu direito de voto.
"Cada
voto tem um valor e fabrica o futuro do país, pelo que espero que o
povo tome a decisão correta e protagonize uma grande participação",
realçou.
Os votos dos expatriados egípcios, divulgados na passada
quarta-feira, confirmaram o favoritismo de Abdel Fattah al-Sissi, já
que, segundo dados da comissão eleitoral, o antigo chefe das Forças
Armadas e ex-ministro da Defesa obteve 94,5% dos votos dos eleitores
egípcios residentes no estrangeiro.
Na capital votaram ainda no
primeiro dia do escrutínio o Presidente interino, Adli Mansur, e o
primeiro-ministro, Ibrahim Mehlab.
Ibrahim Mehlab reiterou a
disposição do seu Governo em garantir a total neutralidade,
transparência e honestidade do processo eleitoral.
O Egito, o país
árabe mais populoso (85,95 milhões de habitantes), vota hoje e na
terça-feira, num escrutínio em que são chamados a participar 54 milhões
de eleitores e que conta com apertadas medidas de segurança face aos
receios de surtos de violência ou atentados terroristas.
As
autoridades anunciaram terem sido destacados 181.912 militares e de
25.000 polícias para os dois dias das eleições, supervisionada por mais
de 16.000 juízes e observadores de organizações não-governamentais e
organismos internacionais, como a União Europeia.
O islamismo
político, que elegeu Mohamed Morsi nas presidenciais de 2012, é o grande
ausente destas eleições, depois de a Irmandade Muçulmana ter sido
declarada, em dezembro último, uma "organização terrorista".
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