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Com economia em crise, Venezuela tenta capitalizar PDVSA

Petroleira estatal poderá vender dólares que recebe de acordos de cooperação energética a qualquer taxa de câmbio oficial

Presidente Nicolás Maduro tenta impor medidas para frear crise econômica - Reuters

Com economia em crise, Venezuela tenta capitalizar PDVSA

O Estado de S. Paulo
06 Janeiro 2015 | 10h 54

Petroleira estatal poderá vender dólares que recebe de acordos de cooperação energética a qualquer taxa de câmbio oficial

Presidente Nicolás Maduro tenta impor medidas para frear crise econômica
CARACAS - A petroleira estatal venezuelana PDVSA poderá vender os dólares que receber por meio de acordos de cooperação energética, como a Petrocaribe e o Acordo Energético de Caracas, a qualquer taxa de câmbio oficial, determinou um convênio publicado nesta terça-feira, 6, na Gazeta Oficial do país.
A PDVSA poderá vender os dólares provenientes de "financiamentos, instrumentos financeiros e cobrança de dívidas" pelas atividades de exportação ou venda de hidrocarbonetos "a qualquer tipo dos câmbios oficiais vigentes", afirma o documento.
Atualmente, o sistema de controle de câmbio na Venezuela é monopolizado pelo Estado, com três taxas oficiais de câmbio distintas. Assim, US$ 1 pode custar 6,3 bolívares (taxa Cencoex), 10 bolívares (taxa Sicad 1) ou 50 bolívares (Sicad 2).
A nova determinação sobre a PDVSA pode ser considerada uma manobra para capitalizar a petroleira, que deixará de ser obrigada a vender seus dólares para o governo, principalmente para o Banco Central, pela taxa mais baixa. A empresa é responsável por mais de 90% da entrada de dinheiro no país.
A petroleira poderá multiplicar a entrada de bolívares em quase 800%. Segundo o diretor da empresa Economética, Henkel García, isso melhora a liquidez monetária da estatal no momento em que a economia venezuelana sofre uma crise em razão da queda internacional do preço do petróleo.
A medida foi publicada em meio a tentativas do governo de Nicolás Maduro para melhorar a economia. O país encerrou 2014 em recessão e com a inlação acima de 63%.
"O impacto dessa medida não é favorável ou contrário" ao bem da economia do país, segundo García, porque a entrada de dólares provenientes de acordos de cooperação energética é relativamente baixa para a petroleira.
A PDVSA mantém vários acordos de cooperação com países do Caribe e da América Latina, fornecendo petróleo por meio de financiamentos com condições preferenciais, como boas condições de empréstimos e juros baixos.
O principal acordo é a criação da Petrocaribe, em 2005, exigindo que os membros do pacto paguem em dinheiro apenas 40% de cada remessa e permitindo que o resto seja financiado em 25 anos a juros baixos ou que o pagamento seja realizado com produtos variados, desde sacas de arroz até calças jeans.
De acordo com as autoridades venezuelanas, o país exporta, apenas para a Petrocaribe, 100 mil barris por dia aos 17 países do bloco, tendo uma receita de mais de US$ 4 bilhões, sendo uma parte paga em dinheiro e outra com bens e serviços. /EFE
 copiado  http://www.estadao.com.br/

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