Governo vai defender Petrobras de 'inimigos externos', diz Dilma Em discurso, presidente anuncia novo lema do governo: "Brasil, pátria educadora"


"Temos de defender a Petrobras de predadores internos e inimigos externos", diz Dilma

Presidente fez seu discurso de posse no Congresso na tarde desta quinta-feira (1º)

Dilma Rousseff ao lado da filha Paula (Foto: Lula Marques / Fotos Públicas)
A presidente Dilma Rousseff fez na tarde desta quinta-feira (1º de janeiro) seu discurso de posse no Congresso. Ela iniciou sua fala afirmando que "temos hoje a primeira geração de brasileiros que nao vivenciou a tragédia da fome". Ela ressaltou as conquistas do governo petista nos últimos 12 anos, como a diminuição da pobreza, a ascensão de brasileiros à classe média e ampliação do ensino técnico. Porém, segundo ela, o recado dos eleitores é que "o povo quer mais e melhor". "Ao invés de garantir o mínimo necessário temos que lutar para oferecer o máximo possível", afirmou a presidente reeleita.
Durante o discurso, que durou cerca de 40 minutos, ela falou algumas vezes sobre combate à corrupção. Ela afirmou que é preciso garantir processos e julgamentos mais rápidos e punição mais dura e defendeu um pacto nacional contra a corrupção no ambiente político e privado.
Dilma usou parte do seu tempo para falar sobre a Petrobras e saiu em defesa da estatal. Ela tentou isolar as irregularidades apontadas pela Operação Lava Jato como sendo fruto da atitude pouco honesta de "alguns servidores" e afirmou que a maioria dos funcionários da empresa são "dedicados e honestos". A presidente defendeu um aprimoramento da gestão e afirmou que "temos muitos motivos para preservar a Petrobras de predadores internos e inimigos externos". "Vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito. Temos que saber apurar e punir sem diminuir a Petrobras", disse Dilma, ressaltando a relevância da estatal para o país.
Sobre a economia, a presidente afirmou que é necessário restabelecer a credibilidade, mas não falou sobre as dificuldades que o país vem enfrentando. Ela afirmou que seu governo foi comprometido com o controle da inflação e a disciplina fiscal e destacou números como "somos a sétima economia do mundo e o terceiro maior exportador de minérios". Ela insistiu, como em outros discursos, que a economia mundial passou por um momento difícil e que a inflação não estourou o teto da meta nos seus anos de governo e falou sobre a dívida líquida do setor público.
Dilma afirmou que quer criar um ambiente mais favorável aos negócios, com mais inovação competitividade, crescimento sustentável e combate à burocracia. "O Brasil precisa voltar a crescer", disse. Para isso, seria necessário um ajuste nas contas públicas, elevação da produtividade e aumento do investimento. Ela se comprometeu com investimentos em logística, energia e infraestrutura social e urbana.
Dilma também falou rapidamente sobre seu comproisso com os direitos trabalhistas e previdenciários. Esta semana, o governo foi alvo de críticas de sindicalistas após o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ter anunciado mudanças em benefícios trabalhistas. A presidente usou, assim como seus ministros, o termo "corrigir distorções".
Em seu discurso, Dilma também anunciou o novo lema do país: "Brasil, pátria educadora". Ela afirmou que a grande prioridade de seu próximo governo será a educação.
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Governo vai defender Petrobras
de 'inimigos externos', diz Dilma

Em discurso, presidente anuncia novo lema do governo: "Brasil, pátria educadora"
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Dilma, Renan Calheiros e Michel Temer participam da cerimônia de posse

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