Executivo X Legislativo
Republicanos tomam hoje o controle do Congresso nos EUA
CLÁUDIA TREVISAN , CORRESPONDENTE / WASHINGTON
Partido terá maioria na Câmara e no Senado e promete dificultar vida de Obama, que tem recorrido a decretosRepublicanos tomam hoje o controle do Congresso nos EUA
CLÁUDIA TREVISAN , CORRESPONDENTE / WASHINGTON - O Estado de S.Paulo
06 Janeiro 2015 | 02h 05
Partido terá maioria na Câmara e no Senado e promete dificultar vida de Obama, que tem recorrido a decretos
O Congresso controlado pelos
republicanos, que toma posse hoje, dá início a um período de dois anos
de enfrentamento entre o Executivo e o Legislativo dos EUA, no qual o
presidente Barack Obama e a oposição tentarão promover agendas muitas
vezes conflitantes.
O democrata continuará a governar por decreto sempre que puder, enquanto
os republicanos buscarão caminhos para bloquear ou inviabilizar suas
medidas no Parlamento. Entre um confronto e outro, é possível que os
dois lados se unam na aprovação de leis sobre os poucos assuntos em que
possuem visões próximas.
Outra área em que o presidente está mais próximo dos republicanos do que de congressistas de seu próprio partido é o pedido de autorização para negociar acordos de livre comércio, em especial a Parceria Transpacífica.
Na maioria dos temas, entretanto, os últimos dois anos de mandato de Obama serão marcados pelo enfrentamento com o Congresso. Depois da derrota avassaladora de seu partido nas eleições legislativas de novembro, o presidente cumpriu a promessa feita no início do ano de governar por decreto, caso não conseguisse apoio dos parlamentares para suas propostas.
Com o controle da Câmara dos Deputados, os republicanos obstruíram de maneira implacável os projetos de Obama e transformaram a última legislatura na menos produtiva da história do país. A partir de hoje, eles também terão controle do Senado, o que cria uma perspectiva ainda menos promissora para o presidente e para os democratas.
Depois de tentar em vão aprovar uma reforma do sistema de imigração, Obama anunciou, no dia 20 de novembro, um decreto que suspende por três anos a deportação de pais de cidadãos americanos e de pessoas trazidas aos EUA com menos de 16 anos de idade.
No mês seguinte, ele surpreendeu com a decisão de reatar relações diplomáticas com Cuba, depois de um afastamento que durou 53 anos. Mais uma vez, adotou as mudanças por decreto, o que enfureceu os republicanos. Opositores ameaçam agora vetar aportes para a instalação da embaixada americana em Cuba e recusar a aprovação do nome do futuro embaixador.
copiado http://www.estadao.com.br/
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