Secretário demissionário Encerrar Guantánamo nos próximos dois anos será "muito difícil"
O secretário
norte-americano da Defesa demissionário, Chuck Hagel, afirmou hoje que
será "muito difícil" para os Estados Unidos conseguirem encerrar a
prisão de Guantánamo até ao fim do mandato presidencial de Barack Obama.
Mundo
Lusa
"Vai ser muito difícil, ainda mais se o Congresso
norte-americano impuser novas restrições" sobre as condições
estabelecidas para libertar os 122 presos que ainda permanecem em
Guantánamo, e sobre os países de acolhimento, indicou Hagel, em
declarações à rádio pública NPR.
Nas mesmas declarações, Chuck Hagel, que apresentou a demissão da liderança do Pentágono (Departamento da Defesa) em novembro último, defendeu as decisões que acabaram por arrastar o processo de libertação de alguns dos presos desta prisão militar norte-americana situada na ilha de Cuba.
"Poderá ter existido uma desaceleração", admitiu Hagel, acrescentando que tal situação tornou-o pouco popular "junto de alguns".
"Mas, fui muito claro diante do Presidente (...) e do Congresso: se a lei me deu uma responsabilidade, estou a fazer tudo o que posso" para cumprir, porque "o povo norte-americano está a contar com isso", sublinhou.
A lei exige que o secretário da Defesa norte-americano certifique que a libertação de um preso não irá criar uma ameaça significativa para a segurança nacional.
Hagel explicou que "nunca analisou um dossiê" antes que todas as agências envolvidas no processo alcançassem uma posição comum.
O secretário da Defesa demissionário precisou ainda que em algumas situações procurou garantias suplementares, antes de autorizar a libertação e a transferência dos presos. Em alguns casos, foram enviadas missões aos eventuais países de acolhimento.
Chuck Hagel será substituído no cargo por Ashton Carter, nomeado pelo Presidente norte-americano em dezembro passado. Carter aguarda a confirmação do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano) para entrar em funções.
Ao longo dos dois mandatos presidenciais, Barack Obama tem afirmado por diversas vezes o seu empenho no encerramento de Guantánamo. Na semana passada, no discurso anual do Estado da União, o chefe de Estado norte-americano reiterou a promessa.
Quando Obama chegou à Casa Branca em janeiro de 2009, a prisão de Guantánamo, que acolhe suspeitos de terrorismo, tinha mais de 240 prisioneiros.
As libertações mais recentes ocorreram este mês. No passado dia 15 de janeiro, o Departamento de Defesa norte-americano anunciou que tinha transferido quatro presos para Omã e um quinto prisioneiro para a Estónia.
Guantánamo também esteve este mês em destaque por causa da publicação em livro do diário de um prisioneiro, Mohamudou Oul Slahi, de 44 anos, que denuncia atos de tortura, técnicas de interrogatório, ameaças de morte e humilhações sexuais.
copiado ww.noticiasaominuto.com/mundo
Nas mesmas declarações, Chuck Hagel, que apresentou a demissão da liderança do Pentágono (Departamento da Defesa) em novembro último, defendeu as decisões que acabaram por arrastar o processo de libertação de alguns dos presos desta prisão militar norte-americana situada na ilha de Cuba.
"Poderá ter existido uma desaceleração", admitiu Hagel, acrescentando que tal situação tornou-o pouco popular "junto de alguns".
"Mas, fui muito claro diante do Presidente (...) e do Congresso: se a lei me deu uma responsabilidade, estou a fazer tudo o que posso" para cumprir, porque "o povo norte-americano está a contar com isso", sublinhou.
A lei exige que o secretário da Defesa norte-americano certifique que a libertação de um preso não irá criar uma ameaça significativa para a segurança nacional.
Hagel explicou que "nunca analisou um dossiê" antes que todas as agências envolvidas no processo alcançassem uma posição comum.
O secretário da Defesa demissionário precisou ainda que em algumas situações procurou garantias suplementares, antes de autorizar a libertação e a transferência dos presos. Em alguns casos, foram enviadas missões aos eventuais países de acolhimento.
Chuck Hagel será substituído no cargo por Ashton Carter, nomeado pelo Presidente norte-americano em dezembro passado. Carter aguarda a confirmação do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano) para entrar em funções.
Ao longo dos dois mandatos presidenciais, Barack Obama tem afirmado por diversas vezes o seu empenho no encerramento de Guantánamo. Na semana passada, no discurso anual do Estado da União, o chefe de Estado norte-americano reiterou a promessa.
Quando Obama chegou à Casa Branca em janeiro de 2009, a prisão de Guantánamo, que acolhe suspeitos de terrorismo, tinha mais de 240 prisioneiros.
As libertações mais recentes ocorreram este mês. No passado dia 15 de janeiro, o Departamento de Defesa norte-americano anunciou que tinha transferido quatro presos para Omã e um quinto prisioneiro para a Estónia.
Guantánamo também esteve este mês em destaque por causa da publicação em livro do diário de um prisioneiro, Mohamudou Oul Slahi, de 44 anos, que denuncia atos de tortura, técnicas de interrogatório, ameaças de morte e humilhações sexuais.
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