As Bolsas europeias conseguiram deixar as perdas para trás na metade
da sessão desta terça-feira, depois do corretivo da véspera devido aos
rumores sobre uma
possível saída da Grécia da zona do euro. Entre elas, o
índice Ibex 35 (da Espanha), que tinha chegado a recuar 1,12%, subiu 0,17% depois de uma queda de 3,45% nesta segunda-feira em meio às
dúvidas em relação à Grécia. O corretivo teve consequências negativas sobre todas as Bolsas europeias principais.
Às 9h24 (horário de Madri), o índice espanhol cedeu 9,50 pontos e
estava em 9.983 unidades, enquanto o Índice Geral da Bolsa de Madri
retrocedia 0,18%. Outros mercados europeus também optaram por vender,
com quedas de 0,02% em Frankfurt, 0,13% em Londres, 0,11% em Paris, e
apenas Milão manteve o tom positivo e subiu 0,49%.
Antes da abertura das Bolsas da Europa, as praças asiáticas também tinham sucumbido à avalanche de vendas. Devido a elas, o
Nikkei, o índice principal do mercado de Tóquio, despencou 3%, em sua pior sessão desde março, ao mesmo tempo em que o preço do óleo cru continuava em queda.
O
medo tomou conta das Bolsas,
movido pela incerteza gerada pelas eleições próximas na Grécia e as
advertências lançadas por Berlim: se o partido de esquerda Syriza vencer
as eleições, com sua
proposta de reestruturar a dívida grega, o país acabará impelido a sair da zona do euro. Além disso,
a queda do petróleo arrastou os pesos pesados da Bolsa afetados, também em Wall Street, e reforçou as expectativas de demanda baixa.
Os
gregos vão eleger seu novo governo em 25 de janeiro,
e as pesquisas de opinião apontam para a vitória do Syriza, que defende
a suavização da política de austeridade imposta por Bruxelas à Grécia e
a reestruturação do pagamento da dívida pública do país. A Alemanha
adverte que, diferentemente de 2012, quando a zona do euro não estava
preparada para a saída de um de seus membros, hoje o risco de contágio é
limitado. A mensagem saiu no domingo no semanário
Der Spiegel e não foi desmentida pelo governo alemão.
Dentro do Ibex, destacava-se a alta em contracorrente da
Abengoa,
de 4,23%, depois de a empresa anunciar um acordo com o fundo EIG Global
Energy Partners para a criação de uma joint venture e o desenvolvimento
de projetos com um investimento inicial de 9,5 bilhões de dólares (25,7
bilhões de reais).
No outro extremo do índice, a FCC e a Bankia sofriam as quedas mais
agudas, respectivamente de 1,77% e 1,47%, com os bancos entre as
empresas a apresentar as maiores quedas. O Bankinter sofreu queda de
1,24%; o Santander, de 0,95%; o Caixabank, de 0,94%; o Sabadell, de
0,73%; o Popular, de 0,69%, e o BBVA, de 0,51%. Quanto às outras grandes
empresas do mercado, a Repsol apresentou queda de 0,55%, a Telefónica,
de 0,35% e a Inditex, de 0,17%; a Iberdrola teve alta de 0,24%.
No mercado de divisas, o euro foi negociado a 1,1960, diante do
1,1932 dólares do final do pregão de ontem. No mercado de matérias
primas, o petróleo Brent chegou ao valor mais baixo desde 2009, sendo
vendido por 51,23 dólares o barril. O preço do barril de Texas,
referência nos Estados Unidos, caiu para 49 dólares.
copiado http://brasil.elpais.com/
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