Maputo França condena atentado contra constitucionalista moçambicano
A Embaixada da
França em Maputo condenou hoje o atentado contra o constitucionalista
moçambicano de origem francesa Gilles Cistac, assassinado a tiro no
centro da capital.
Mundo
Lusa
"A Embaixada da França na República de Moçambique exprime
a sua tristeza e condena o assassinato do professor Gilles Cistac, de
nacionalidade moçambicana e francesa", afirma um comunicado da
representação francesa enviado à Lusa.
A Embaixada da França espera que "o inquérito policial seja efetuado rapidamente, que os culpados sejam detidos e levados à justiça e reafirma a sua confiança nas instituições moçambicanas para atingirem nos melhores prazos esse resultado".
Apresentando condolências à filha e aos pais de Cistac, o comunicado refere que a escolha do académico em viver em Moçambique e adquirir a nacionalidade moçambicana é "uma prova do seu apego a este país e ao seu povo", que beneficiou de "todos os seus conhecimentos jurídicos para várias gerações de estudantes".
O constitucionalista moçambicano Gilles Cistac, 53 anos, foi assassinado a tiro hoje de manhã por desconhecidos, à saída de um café no centro de Maputo.
Cistac foi transportado ainda com vida para o Hospital Central de Maputo, onde acabou por morrer cerca das 13:00 locais.
A polícia disse que segue a pista de quatro suspeitos, três negros e um branco, e que foi este último quem abriu fogo contra Cistac.
Na semana passada, o académico anunciou que ia processar um homem que, através do Facebook e com o pseudónimo Calado Kalashnikov, acusou Chistac de ser um espião francês que obteve a nacionalidade moçambicana de forma fraudulenta.
O académico de origem francesa é um dos principais especialistas em assuntos constitucionais de Moçambique e, em várias ocasiões, manifestou opiniões jurídicas contrárias aos interesses do Governo e da Frelimo, partido no poder.
Em entrevistas recentes, Cistac considerou que não há impedimentos jurídicos à pretensão da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) de criar regiões autónomas no país, contrariando declarações opostas de quadros da Frelimo.
O Governo moçambicano considerou o atentado "um ato macabro" e espera que os autores sejam "exemplarmente punidos", enquanto a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, afirmou que o académico foi vítima de "perseguição política" motivada pelas suas posições recentes.
A Lusa tentou ouvir a Frelimo, mas ainda não obteve resposta.
Várias personalidades expressaram ao longo do dia choque com a notícia da morte de Cistac e, na tarde de hoje, várias pessoas colocaram flores no muro da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, onde o académico lecionou as cadeiras de Direito Constitucional e Direito Administrativo.
Copiado http://www.noticiasaominuto.com
A Embaixada da França espera que "o inquérito policial seja efetuado rapidamente, que os culpados sejam detidos e levados à justiça e reafirma a sua confiança nas instituições moçambicanas para atingirem nos melhores prazos esse resultado".
Apresentando condolências à filha e aos pais de Cistac, o comunicado refere que a escolha do académico em viver em Moçambique e adquirir a nacionalidade moçambicana é "uma prova do seu apego a este país e ao seu povo", que beneficiou de "todos os seus conhecimentos jurídicos para várias gerações de estudantes".
O constitucionalista moçambicano Gilles Cistac, 53 anos, foi assassinado a tiro hoje de manhã por desconhecidos, à saída de um café no centro de Maputo.
Cistac foi transportado ainda com vida para o Hospital Central de Maputo, onde acabou por morrer cerca das 13:00 locais.
A polícia disse que segue a pista de quatro suspeitos, três negros e um branco, e que foi este último quem abriu fogo contra Cistac.
Na semana passada, o académico anunciou que ia processar um homem que, através do Facebook e com o pseudónimo Calado Kalashnikov, acusou Chistac de ser um espião francês que obteve a nacionalidade moçambicana de forma fraudulenta.
O académico de origem francesa é um dos principais especialistas em assuntos constitucionais de Moçambique e, em várias ocasiões, manifestou opiniões jurídicas contrárias aos interesses do Governo e da Frelimo, partido no poder.
Em entrevistas recentes, Cistac considerou que não há impedimentos jurídicos à pretensão da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) de criar regiões autónomas no país, contrariando declarações opostas de quadros da Frelimo.
O Governo moçambicano considerou o atentado "um ato macabro" e espera que os autores sejam "exemplarmente punidos", enquanto a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, afirmou que o académico foi vítima de "perseguição política" motivada pelas suas posições recentes.
A Lusa tentou ouvir a Frelimo, mas ainda não obteve resposta.
Várias personalidades expressaram ao longo do dia choque com a notícia da morte de Cistac e, na tarde de hoje, várias pessoas colocaram flores no muro da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, onde o académico lecionou as cadeiras de Direito Constitucional e Direito Administrativo.
Copiado http://www.noticiasaominuto.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário