Moro anuncia Lava Jato além da Petrobras
O juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, anunciou nesta terça-feira que já investiga supostos esquemas de corrupção fora da Petrobras; não, não se trata da Cemig, onde o doleiro Alberto Youssef também atuou; segundo o juiz, o foco é o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia; “Obteve o MPF informação sobre o envolvimento da UTC Engenharia e de Ricardo Pessoa em ainda outro pagamento de propina em contrato público durante 2014 e em outro setor que não o de óleo e gás”, disse o juiz; força-tarefa tenta manter Pessoa preso na esperança de que ele faça uma delação premiada contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula; para a defesa do empresário, a acusação do MPF, na qual Pessoa é apontado como líder do cartel, é "um vazio sem fim"
Paraná 247 - O
juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, anunciou um novo
foco de investigações além da Petrobras. Não se trata da estatal mineira
Cemig, onde o próprio Moro detectou uma operação suspeita (leia aqui).
O foco de Moro é
o empresário Ricardo Pessoa, acionista da UTC, que está preso de forma
preventiva há quase 120 dias. “Obteve o MPF informação sobre o
envolvimento da UTC Engenharia e de Ricardo Pessoa em ainda outro
pagamento de propina em contrato público durante 2014 e em outro setor
que não o de óleo e gás. Ou seja, mesmo durante as investigações já
tornadas notórias da Operação Lava Jato, negociava-se o pagamento de
propina por contratos públicos em outras áreas”, disse Moro.
Com a ameaça de
uma nova prisão, a força-tarefa da Lava Jato tenta convencer Pessoa a
realizar uma delação premiada contra o governo da presidente Dilma
Rousseff ou contra o ex-presidente Lula. Até agora, no entanto, Pessoa
vem resistindo à pressão.
À Justiça
Federal, os advogados de Ricardo Pessoa afirmaram que nunca existiu um
"clube de empreiteiras" para dividir contratos com a Petrobras. Para a
defesa, a acusação do MPF, na qual Pessoa é apontado como líder do
cartel, é "um vazio sem fim".
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o novo foco de investigações de Moro:
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro disse
hoje (7) que o Ministério Público Federal (MPF) investiga se o esquema
de corrupção na Petrobras, apurado na Operação Lava Jato, se estendeu
para outros setores da economia. Segundo o juiz, responsável pela
investigação na primeira instância da Justiça, o MPF investiga o
envolvimento do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, preso
desde novembro do ano passado, no pagamento de propina fora do setor de
óleo e gás.
A informação consta no pedido de esclarecimento solicitado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), para julgar o mérito do habeas corpus impetrado pela defesa de Pessoa. De acordo com Moro, o empreiteiro deve continuar preso, principalmente, pelos indícios que apontam pagamento de propina, no ano passado, quando a Lava Jato foi deflagrada.
“Obteve o MPF informação sobre o envolvimento da UTC Engenharia e de Ricardo Pessoa em ainda outro pagamento de propina em contrato público durante 2014 e em outro setor que não o de óleo e gás. Ou seja, mesmo durante as investigações já tornadas notórias da Operação Lava Jato, negociava-se o pagamento de propina por contratos públicos em outras áreas”, disse o juiz.
No documento, Moro também diz que houve tentativas de influenciar testemunhas dos pagamentos de propina, como Meire Pozza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, e João Procópio e Rafael Angulo Lopez, responsáveis pela entrega dos pagamentos.
“A testemunha, após ser arrolada, é da Justiça, interessando que fale a verdade, e não mais da acusação ou da defesa. Sem olvidar ainda que serão também interrogados não só Ricardo Pessoa, mas também coacusados, devendo-se prevenir influências indevidas entre eles para uma concertação fraudulenta de álibis ou mesmo que algum deles, desejoso eventualmente de confessar, se veja impedido por pressão indevida dos demais”, diz Moro.
Ricardo Pessoa é réu em duas ações penais na Justiça Federal em Curitiba, nas quais é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de coordenar o funcionamento do cartel entre as empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.
À Justiça Federal, os advogados de Ricardo Pessoa afirmaram que nunca existiu um "clube de empreiteiras" para dividir contratos com a Petrobras. Para a defesa, a acusação do MPF, na qual Pessoa é apontado como líder do cartel, é "um vazio sem fim".
A informação consta no pedido de esclarecimento solicitado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), para julgar o mérito do habeas corpus impetrado pela defesa de Pessoa. De acordo com Moro, o empreiteiro deve continuar preso, principalmente, pelos indícios que apontam pagamento de propina, no ano passado, quando a Lava Jato foi deflagrada.
“Obteve o MPF informação sobre o envolvimento da UTC Engenharia e de Ricardo Pessoa em ainda outro pagamento de propina em contrato público durante 2014 e em outro setor que não o de óleo e gás. Ou seja, mesmo durante as investigações já tornadas notórias da Operação Lava Jato, negociava-se o pagamento de propina por contratos públicos em outras áreas”, disse o juiz.
No documento, Moro também diz que houve tentativas de influenciar testemunhas dos pagamentos de propina, como Meire Pozza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, e João Procópio e Rafael Angulo Lopez, responsáveis pela entrega dos pagamentos.
“A testemunha, após ser arrolada, é da Justiça, interessando que fale a verdade, e não mais da acusação ou da defesa. Sem olvidar ainda que serão também interrogados não só Ricardo Pessoa, mas também coacusados, devendo-se prevenir influências indevidas entre eles para uma concertação fraudulenta de álibis ou mesmo que algum deles, desejoso eventualmente de confessar, se veja impedido por pressão indevida dos demais”, diz Moro.
Ricardo Pessoa é réu em duas ações penais na Justiça Federal em Curitiba, nas quais é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de coordenar o funcionamento do cartel entre as empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.
À Justiça Federal, os advogados de Ricardo Pessoa afirmaram que nunca existiu um "clube de empreiteiras" para dividir contratos com a Petrobras. Para a defesa, a acusação do MPF, na qual Pessoa é apontado como líder do cartel, é "um vazio sem fim".
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