O
ministro do Interior Francês, Bernard Cazeneuve, que encurtou a sua
viagem à América do Sul na sequência do atentado ocorrido na manhã desta
sexta-feira, numa zona industrial próxima da cidade de Lyon, já
identificou o suspeito do ataque. Trata-se de Yassin Salhi, que vive em
Saint-Priest, próximo de Lyon. Tem 36 anos, é casado e tem três filhos
menores. Apesar de não ter cadastro, esteve sinalizado pelas autoridades
devido à sua "radicalização" em 2006. Era "objeto de atenção" devido à
sua ligação ao movimento salafista, mas não lhe eram conhecidos laços
com terroristas.
Salhi foi detido por um bombeiro, cuja coragem
foi louvada por Cazeneuve, nas imediações do local do ataque. O ministro
do Interior referiu que haverá outros indivíduos relacionados com este
atentado sob custódia das autoridades, sem precisar detalhes.
No
local, foram encontradas bandeiras com inscrições em árabe, que ainda
não foram traduzidas. O texto está em análise, segundo o
Le Monde. A imprensa local refere que o ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
Na
manhã desta sexta-feira, pelas 10.00 (menos uma hora em Portugal), um
número ainda por determinar de pessoas conseguiu aceder ao interior de
uma fábrica de gás na zona industrial de Saint-Quentin-Fallavier, uma
cidade próxima de Lyon. Uma pessoa foi morta: um corpo decapitado foi
encontrado nas instalações, tendo sido já identificado como o gerente de
uma empresa de transportes que fazia uma entrega no local. A cabeça do
homem estava presa aos portões da fábrica e tinha inscrições em árabe,
segundo a imprensa francesa.
O procurador francês confirmou as
informações adiantadas pelos meios de comunicação social sobre a forma
como o corpo foi encontrado, acrescentando que além do suspeito foram
ainda detidas mais três pessoas, entre elas a mulher e a irmã. O homem
que foi morto era o empregador do suspeito. Na fábrica estavam 43
pessoas, 13 continuam em estado de choque.
De acordo com a explicação do
Le Monde,
a fábrica Air Products foi sacudida por uma forte explosão, que
deflagrou depois de dois indivíduos ao volante de um automóvel terem
entrado pelo pátio do edifício com o veículo, com o objetivo de colidir
com as botijas de gás no local. O autarca local já admitiu que não seria
possível entrar nas instalações da unidade fabril sem ter o auxílio de
alguém, uma vez que a entrada do automóvel foi autorizada.
A
explosão terá causado pelo menos mais dois feridos. O procurador-geral
francês já pediu ativação do departamento antiterrorismo para investigar
o ataque e a polícia de Paris vai juntar-se às diligências para apurar
todos os factos do acto de "natureza terrorista".
Em declarações a
partir de Bruxelas, onde se encontrava para a cimeira de líderes da
União Europeia, o presidente francês François Hollande
sublinhou o facto de o ataque ser "de origem terrorista" e reunirá esta tarde de emergência no Eliseu.
O ministro do interior francês, Bernard Cazeneuve, esteve no local do atentado.
A
unidade fabril pretence à Air Products, uma empresa de tecnologia de
gases industriais norte-americana, segundo disse à agência Reuters uma
porta-voz da Air Liquide, companhia que labora no mesmo sector. As vias
de acesso à fábrica foram imediatamente cortadas e o local está cercado e
vigiado pelas autoridades, já que um dos dois agressores deve
encontrar-se a monte, ainda que não haja confirmação desta informação.
A fábrica situa-se na zona industrial de Saint-Quentin-Fallavier, a cerca de 30 quilómetros de Lyon.
(Notícia atualizada às 18.47)
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