Tsipras diz a Hollande e Merkel que referendo será realizado Varoufakis: lutaremos até o último momento por um acordo

  • 27/06/2015 - 19:50

    O premier grego, Alexis Tsipras
    O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse neste sábado ao presidente francês François Hollande e à chefe de governo alemã Angela Merkel que o referendo convocado para 5 de julho sobre a negociação com os credores será realizado, informou uma fonte do governo grego.
    "Tsipras ressaltou que o referendo será celebrado seja qual for a decisão do Eurogrupo", informou a fonte à AFP.
    "O povo grego ainda terá oxigênio na semana que vem. Sobreviverá seja qual for o resultado da reunião dos ministros da Economia da zona do euro, afirmou aos dois dirigentes.
    O conselho de governadores do BCE está disposto a fazer uma reunião de emergência no domingo para avaliar as medidas a serem tomadas em relação ao setor bancário grego.

    Varoufakis: lutaremos até o último momento por um acordo



    O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, durante entrevista coletiva em Berlim em 8 de junho
    O ministro grego da Economia, Yanis Varoufakis, disparou neste sábado contra a "credibilidade" do Eurogrupo, que rejeitou estender o atual programa de assistência a Atenas, e garantiu que apesar disso continuará lutando por um acordo até terça-feira, quando o programa expira.
    "A rejeição à extensão certamente prejudicará a credibilidade do Eurogrupo como união democrática. Temo que o dano seja permanente", disse em coletiva de imprensa após a negativa da zona do euro e enquanto seus 18 colegas da união monetária iniciavam uma reunião para analisar "as consequências" da decisão.
    O governo grego pediu a extensão por alguns dias ou semanas do atual programa de resgate, para poder realizar em condições minimamente normais o referendo anunciado para 5 de julho sobre a oferta dos credores.
    O governo grego rejeitou na sexta-feira a oferta de seus sócios, que propuseram prolongar o programa durante cinco meses com um montante de 15,5 bilhões de euros, em troca do cumprimento rigoroso de uma série de medidas e reformas, consideradas "recessivas" por Atenas.
    Varoufakis negou que o referendo se transformará em uma votação a favor ou contra a permanência na Eurozona.
    "Qualquer pergunta ao povo da Grécia do tipo euro ou saída do euro violaria todo o tratado fundamental da União Europeia", explicou, acrescentando que não existem atualmente regulamentos para sair da moeda única.
    "A pergunta (do referendo) é muito simples: você quer que este acordo que nos apresentaram seja assinado ou não?", acrescentou o ministro.
    Varoufakis garantiu à imprensa que apesar de tudo seu governo tentará obter um acordo até o último momento, isto é, terça-feira, quando seu país deve pagar ao FMI cerca de 1,5 bilhão de euros.
    "Nós esperamos que até terça-feira haja acordo. E, nesse momento, diremos ao povo grego que vote sim", explicou.
    Sobre o pagamento ao FMI, o ministro observou que o Banco Central Europeu deve 1,9 bilhão de euros à Grécia, pelos lucros realizados sobre a compra e venda da dívida pública grega.
    "Nossa proposta desde o início era que o dinheiro que nos é devido pelo BCE fosse pago ao FMI", disse Varoufakis sem rodeios.
       copy  http://www.afp.com

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