Jobim vê populismos e radicalizações nas eleições de 2018


Por Fernando Taquari | Valor
24/04/2017 às 19h16
SÃO PAULO  -  O ex-ministro Nelson Jobim disse nesta segunda-feira que as eleições de 2018 podem ocorrer dentro de um cenário de populismos e radicalizações. Esse quadro, segundo ele, tende a acontecer caso o governo de Michel Temer não consiga aprovar no Congresso Nacional as reformas estruturantes.
"Se não tivermos resultados com o governo Temer, que nós deveremos ter, vamos jogar numa disputa populista de radicalizações em 2018, porque não vai haver base de discurso para uma sucessão", disse Jobim após participar do Fórum Brasil-Espanha, na capital paulista.
Como exemplo de onda populista, o ex-ministro citou a pré-candidatura presidencial do deputado federal Jair Bolsonaro (RJ). "O fato é que se não tivermos resultados, podemos ter problemas de populismo", repetiu Jobim, acrescentando que o discurso populista atrai muitos eleitores.
Ao comentar as pesquisas eleitorais que colocam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança, Jobim ressaltou que o petista não se compara a Bolsonaro na questão populista, pois tem "uma história anterior" e uma "dimensão eleitoral". "O Bolsonaro pode crescer, não creio que vai desenvolver".
O ex-ministro ainda negou que seja emissário de um eventual encontro entre Lula, Temer e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para um acordo que possa livrar os três da Lava-Jato. Os três aparecem nas delações de executivos da Odebrecht.
"Não sei de onde tiraram isso. Não tem esse diálogo", afirmou. Jobim, porém, disse que seria importante um dialogo amplo entre a classe política como um todo para ser ter uma disputa "razoável" em 2018.
(Fernando Taquari | Valor)
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