Operação “Fica, Temer” chegou tarde demais
A entrevista de Fernando Henrique Cardoso à radio CBN, dizendo que a cassação de Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral e uma consequente eleição indireta traria uma “confusão” ainda maior para o País é um desdobramento...
José Roberto de Toledo,no Estadão, faz ótima análise dos resultados das últimas pesquisas sobre a popularidade de Michel Temer dentro do quadro de dissensões e enfraquecimento de sua base parlamentar,onde, diz ele, “os congressistas perceberam que o eleitor vai senti-los mexendo no seu bolso se aprovarem a reforma como foi proposta” e, por isso, “as defecções já consumadas refletem a pressão contrária que deputados e senadores sentem de quem os elege”.
Renan Calheiros e Eduardo Cunha puxaram as cordas para a assunção de Temer. Enquanto um lidera o PMDB, o outro está preso e condenado a 15 anos. A diferença entre eles é a capacidade de ler o cenário e, quando necessário, retroceder. Renan é um sobrevivente. Desde o governo Collor, sempre soube voltar algumas casas para permanecer no tabuleiro. Seu desembarque de Temer é mais do que o desquite entre dois aliados de ocasião.
Líder da maior bancada do Senado, Renan pode atrapalhar muito na Previdência, mas talvez nem precise. A perda de governistas pelo caminho pode barrar a reforma antes mesmo de ela sair da Câmara. E se isso acontecer, o que será de Temer? Qual o propósito de um governo reformista que não reforma e é cada vez mais impopular?
Líder da maior bancada do Senado, Renan pode atrapalhar muito na Previdência, mas talvez nem precise. A perda de governistas pelo caminho pode barrar a reforma antes mesmo de ela sair da Câmara. E se isso acontecer, o que será de Temer? Qual o propósito de um governo reformista que não reforma e é cada vez mais impopular?
Toledo lembra que apenas Sarney, Collor e Dilma alcançaram o grau de desaprovação que Temer ostenta hoje nas pesquisas e que, deles, apenas um chegou ao fim do mandato e que, neste precedente, “o melhor cenário que espera Temer é uma sarneyzação”.
Sim, o melhor poderia ser este.
Mas não o mais provável, porque a cassação eleitoral, que muito provavelmente será mantida como uma lâmina sobre seu pescoço, e efeito avassalador das investigações sobre seus ministros criam para ele um cenário mais graves do que era aquele enfrentado por José Sarney, o que o próprio Toledo ressalta.
O PMDB, que não era o partido de fato de Sarney, mas ocupava o governo como faz agora o PSDB, com Ulysses Guimarães, uma figura muito mais respeitável do que é Aécio Neves, teria o destino eleitoral que todos sabem que teve em 1989.
Há, porém, outra diferença.
A “solução Collor” encontrada pelo conservadorismo, àquela época, é menos visível hoje. Dória dificilmente terá como desvencilha-se das estruturas corroídas do PSDB e viabilizar-se como candidato “autônomo” como o alagoano.
Os problemas de Temer são, de fato, muito semelhantes. Mas as soluções, agora, estão longe de parecerem idênticas.
João Dória, o escoiceador da paulicéia, indica só ter chances de repetir como farsa a tragédia Collor de quase 30 anos atrás.
Toledo: virar Sarney é melhor cenário para Temer
José Roberto de Toledo,no Estadão, faz ótima análise dos resultados das últimas pesquisas sobre a popularidade de Michel Temer dentro do quadro de dissensões e enfraquecimento de sua base parlamentar,onde, diz ele, “os congressistas perceberam que o eleitor vai senti-los mexendo no seu bolso se aprovarem a reforma como foi proposta” e, por isso, “as defecções já consumadas refletem a pressão contrária que deputados e senadores sentem de quem os elege”.
Renan Calheiros e Eduardo Cunha puxaram as cordas para a assunção de Temer. Enquanto um lidera o PMDB, o outro está preso e condenado a 15 anos. A diferença entre eles é a capacidade de ler o cenário e, quando necessário, retroceder. Renan é um sobrevivente. Desde o governo Collor, sempre soube voltar algumas casas para permanecer no tabuleiro. Seu desembarque de Temer é mais do que o desquite entre dois aliados de ocasião.
Líder da maior bancada do Senado, Renan pode atrapalhar muito na Previdência, mas talvez nem precise. A perda de governistas pelo caminho pode barrar a reforma antes mesmo de ela sair da Câmara. E se isso acontecer, o que será de Temer? Qual o propósito de um governo reformista que não reforma e é cada vez mais impopular?
Líder da maior bancada do Senado, Renan pode atrapalhar muito na Previdência, mas talvez nem precise. A perda de governistas pelo caminho pode barrar a reforma antes mesmo de ela sair da Câmara. E se isso acontecer, o que será de Temer? Qual o propósito de um governo reformista que não reforma e é cada vez mais impopular?
Toledo lembra que apenas Sarney, Collor e Dilma alcançaram o grau de desaprovação que Temer ostenta hoje nas pesquisas e que, deles, apenas um chegou ao fim do mandato e que, neste precedente, “o melhor cenário que espera Temer é uma sarneyzação”.
Sim, o melhor poderia ser este.
Mas não o mais provável, porque a cassação eleitoral, que muito provavelmente será mantida como uma lâmina sobre seu pescoço, e efeito avassalador das investigações sobre seus ministros criam para ele um cenário mais graves do que era aquele enfrentado por José Sarney, o que o próprio Toledo ressalta.
O PMDB, que não era o partido de fato de Sarney, mas ocupava o governo como faz agora o PSDB, com Ulysses Guimarães, uma figura muito mais respeitável do que é Aécio Neves, teria o destino eleitoral que todos sabem que teve em 1989.
Há, porém, outra diferença.
A “solução Collor” encontrada pelo conservadorismo, àquela época, é menos visível hoje. Dória dificilmente terá como desvencilha-se das estruturas corroídas do PSDB e viabilizar-se como candidato “autônomo” como o alagoano.
Os problemas de Temer são, de fato, muito semelhantes. Mas as soluções, agora, estão longe de parecerem idênticas.
João Dória, o escoiceador da paulicéia, indica só ter chances de repetir como farsa a tragédia Collor de quase 30 anos atrás.
copiado http://www.tijolaco.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário