Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, disse em depoimento nesta quinta (20) ao juiz Sergio Moro, em Curitiba, que poderia repassar em sigilo informações "que vão ser certamente do interesse da Lava Jato". Palocci foi interrogado em ação penal sobre lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
"Fico à sua disposição hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situações que eu optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição o dia que o senho quiser. Se o senhor estiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o senhor determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato."
Palocci relatou ter sido procurado em 2014 por um banqueiro que se disse enviado por um membro do alto escalão do governo Dilma Rousseff. Segundo o ex-ministro, o banqueiro disse que cuidaria de "provisões" e queria que Palocci intermediasse o contato com a Odebrecht para "capitalizar esses recursos".
Palocci disse ter negado ao interlocutor que tivesse conhecimento de "provisões" e pediu que o banqueiro procurasse a Odebrecht.
O ex-ministro também contou ter perguntado ao banqueiro se a presidente Dilma sabia que ele havia sido enviado por alguém do alto escalão do governo; o banqueiro teria dito que não.
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