Venezuela denuncia 'fraude' da OEA e anuncia protesto em outras instâncias
AFP / JUAN BARRETOA chanceler Delcy Rodríguez, em Caracas, em 29 de março de 2017
A Venezuela acusou nesta quarta-feira a OEA de adotar mediante "uma fraude" a resolução que declara uma "grave" alteração da democracia neste país, e anunciou que protestará diante de outras "instâncias internacionais".
Dois dias depois da OEA aprovar a resolução mais rígida contra o governo de Nicolás Maduro, sua chanceler Delcy Rodríguez disse ao Conselho Permanente da organização que a Venezuela desconhece o texto.
"A Venezuela desconhece essa sessão de fato" e "a pretendida resolução", assinalou a diplomata, acusando "um grupo de governos" de "subverter e infringir a ordem interna da OEA".
O ministro assessor de assuntos internacionais da Nicarágua, Siddartha Marín, qualificou o ocorrido como "manobras de 'ingerencistas' de um grupo de países".
E na tensa e em alguns momentos confusa reunião do Conselho Permanente, a resolução foi aprovada com 21 países presentes, dos quais quatro se abstiveram, e não foram registradas objeções.
Outros treze países estavam ausentes da sala no momento da consideração do texto, incluindo as representações de Bolívia, Venezuela e Nicarágua, que anteriormente abandonaram o local em protesto.
Mas Rodríguez assinalou que a resolução foi aprovada sem a maioria de 18 votos.
Caracas também questiona que a representação de Honduras tenha dirigido esta sessão, e não a Bolívia, que preside neste mês o Conselho Permanente, ou o Haiti, que está na vice-presidência.
Diante da ausência dos representantes de ambos os países, 20 outros aplicaram um inusual estatuto regulamentar que cede a direção do debate ao embaixador mais antigo, que neste caso é o representante hondurenho.
Mas Rodríguez considerou essas manobras como uma "grave fraude jurídica e processual".
A Venezuela denuncia uma manobra "ingerencista" e avalia protestar em outros foros, incluindo a possibilidade de chegar à Assembleia Geral da ONU.
"Em outras instâncias internacionais vamos expor o que ocorreu aqui na OEA", disse Rodríguez durante coletiva de imprensa posterior.
O rechaço da Venezuela à resolução da OEA põe em xeque as tentativas da organização de mediar a crise política do país petroleiro.
A sessão ocorreu um dia depois que manifestantes opositores tomaram as ruas de Caracas para exigir a restituição dos poderes do Parlamento, mas foram impedidos por policiais e grupos civis de choque.
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AFP / JUAN BARRETOA chanceler Delcy Rodríguez, em Caracas, em 29 de março de 2017
A Venezuela acusou nesta quarta-feira a OEA de adotar mediante "uma fraude" a resolução que declara uma "grave" alteração da democracia neste país, e anunciou que protestará diante de outras "instâncias internacionais".
Dois dias depois da OEA aprovar a resolução mais rígida contra o governo de Nicolás Maduro, sua chanceler Delcy Rodríguez disse ao Conselho Permanente da organização que a Venezuela desconhece o texto.
"A Venezuela desconhece essa sessão de fato" e "a pretendida resolução", assinalou a diplomata, acusando "um grupo de governos" de "subverter e infringir a ordem interna da OEA".
O ministro assessor de assuntos internacionais da Nicarágua, Siddartha Marín, qualificou o ocorrido como "manobras de 'ingerencistas' de um grupo de países".
E na tensa e em alguns momentos confusa reunião do Conselho Permanente, a resolução foi aprovada com 21 países presentes, dos quais quatro se abstiveram, e não foram registradas objeções.
Outros treze países estavam ausentes da sala no momento da consideração do texto, incluindo as representações de Bolívia, Venezuela e Nicarágua, que anteriormente abandonaram o local em protesto.
Mas Rodríguez assinalou que a resolução foi aprovada sem a maioria de 18 votos.
Caracas também questiona que a representação de Honduras tenha dirigido esta sessão, e não a Bolívia, que preside neste mês o Conselho Permanente, ou o Haiti, que está na vice-presidência.
Diante da ausência dos representantes de ambos os países, 20 outros aplicaram um inusual estatuto regulamentar que cede a direção do debate ao embaixador mais antigo, que neste caso é o representante hondurenho.
Mas Rodríguez considerou essas manobras como uma "grave fraude jurídica e processual".
A Venezuela denuncia uma manobra "ingerencista" e avalia protestar em outros foros, incluindo a possibilidade de chegar à Assembleia Geral da ONU.
"Em outras instâncias internacionais vamos expor o que ocorreu aqui na OEA", disse Rodríguez durante coletiva de imprensa posterior.
O rechaço da Venezuela à resolução da OEA põe em xeque as tentativas da organização de mediar a crise política do país petroleiro.
A sessão ocorreu um dia depois que manifestantes opositores tomaram as ruas de Caracas para exigir a restituição dos poderes do Parlamento, mas foram impedidos por policiais e grupos civis de choque.
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Protesto na Venezuela deixa 21 feridos
AFP / George CastellanosConfrontos entre estudantes universitários e policiais em San Cristóbal, em 5 de abril de 2017
Confrontos entre estudantes universitários e policiais na cidade venezuelana de San Cristóbal, na fronteira com a Colômbia, deixaram nesta quarta-feira ao menos 21 feridos, informou uma fonte acadêmica.
"Na brigada de primeiros socorros da UNET (Universidade Experimental de Táchira) foram atendidos 21 feridos por tiros de escopeta, gás e outros motivos", disse à imprensa José Andrés Molina, diretor do centro educacional.
Os choques começaram quando alunos da UNET bloquearam várias ruas de acesso à universidade, para rejeitar as sentenças do Tribunal Supremo de Justiça contra o Parlamento, e foram interpelados pela polícia de choque.
Os manifestantes reagiram com paus, pedras e fogos de artifício, enquanto a polícia utilizava gás lacrimogêneo e tiros de escopeta à distância.
Devido aos distúrbios, as aulas foram suspensas na UNET.
San Cristóbal foi o foco da onda de protestos contra o presidente Nicolás Maduro em 2014, que deixou 43 mortos.
copiado https://www.afp.com/pt/noticia
AFP / George CastellanosConfrontos entre estudantes universitários e policiais em San Cristóbal, em 5 de abril de 2017
Confrontos entre estudantes universitários e policiais na cidade venezuelana de San Cristóbal, na fronteira com a Colômbia, deixaram nesta quarta-feira ao menos 21 feridos, informou uma fonte acadêmica.
"Na brigada de primeiros socorros da UNET (Universidade Experimental de Táchira) foram atendidos 21 feridos por tiros de escopeta, gás e outros motivos", disse à imprensa José Andrés Molina, diretor do centro educacional.
Os choques começaram quando alunos da UNET bloquearam várias ruas de acesso à universidade, para rejeitar as sentenças do Tribunal Supremo de Justiça contra o Parlamento, e foram interpelados pela polícia de choque.
Os manifestantes reagiram com paus, pedras e fogos de artifício, enquanto a polícia utilizava gás lacrimogêneo e tiros de escopeta à distância.
Devido aos distúrbios, as aulas foram suspensas na UNET.
San Cristóbal foi o foco da onda de protestos contra o presidente Nicolás Maduro em 2014, que deixou 43 mortos.
copiado https://www.afp.com/pt/noticia
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