Por que será que “descobriram” a corrupção dos corruptos?
Mais de 40 anos de janela na política, por vezes, me deixam na “contramão”.
Fico desconfiado quando “descobrem” a corrupção da qual todo mundo já sabia.
A dos empresários de ônibus, por exemplo, e não só no Rio de Janeiro.
Afinal, temos quase 40 anos de Ministério Público independente e, ao que parece, não passamos a ter juízes de dois ou três anos para cá.
Os Barata são velhos conhecidos dos políticos, há 40 anos, tão conhecidos que merecem a deferência de um Gilmar Mendes apadrinhando o casamento dos seus rebentos.
Ou “novidades” como Delfim Netto a dizer na Folha que “o Brasil deixou o poder econômico controlar o político“.
Deus meu, o poder econômico controlava até os camburões da Operação Bandeirantes, no tempo em que Delfim era Ministro e ele não sabia?
A ladroagem é tão velha quanto era velha a inação dos órgãos de persecução penal do Estado.
Os que fecharam os olhos durante décadas fazem, com ajuda da mídia, arregalarem-se os olhos da opinião pública por uma razão bem diversa de um súbito acesso de honradez e eficiência.
Os bons frutos que se colhe com o desmantelamento (será?) de velhos esquemas de corrupção têm, cada vez mais, a cara do dourado da pílula de um sistema judicial autoritário.
O monopólio da verdade é pior do que o monopólio das linhas de ônibus.
Baixa na sexta, aumenta na segunda. A Petrobras virou quitanda
A política de preços “de mercado” da Petrobras virou uma loucura.
Sexta-feira, baixou o preço da gasolina em 5,9%. Hoje, subiu 1,8%.
Já o diesel caiu sexta 4,8% e hoje subiu 2,8%.
Amanhã, ninguém sabe, depende da bolsa de Roterdã subir o Brent e a de Chicago elevar o WTI.
Estamos exportando petróleo bruto como nunca e importando recordes de derivados refinados.
Nossas refinarias, que antes precisavam ser expandidas para dar conta da demanda interna, estão com capacidade ociosa.
Não estamos entregando apenas o petróleo bruto, estamos destruindo nossa capacidade de processamento de óleo.
A Petrobras virou uma quitanda, sem nenhum compromisso com o desenvolvimento da indústria nacional.
Até que ela não valha mais a pena para um projeto de nação.
Mas projeto de nação, que digo eu.
Melhor ser uma realidade de colônia.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
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