Mais de 120 candidatos LGBTI participam da eleição. Veja a lista.

Mais de 120 candidatos LGBTI participam da eleição. Veja a lista

A diversidade e o respeito às diferenças estão ganhando mais força no debate político. Prova disso é o aumento das candidaturas de pessoas LGBTI+ nas eleições deste ano. De acordo com a Aliança Nacional LGBTI+, pelo menos 123 candidatos LGBTI+ estão concorrendo a um cargo eletivo, a maioria no Legislativo federal ou estadual (Veja a lista completa abaixo).
A expectativa da militância é que a representação aumente. Hoje, no Congresso Nacional, dos 513 deputados e 81 senadores, apenas um é assumidamente gay, o deputado federal Jean Wyllys (Psol). Isso representa 0,16% de todo o Parlamento.
Para apresentar ao público quem são esses candidatos e pedir apoio para pautas ligadas aos direitos da comunidade, surgiu a plataforma LGBTI+ Eleições 2018 que mostra os candidatos que se declaram lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e outras identidades de gênero, além de apoiadores da causa. O objetivo do projeto, lançado pela Aliança Nacional LGBTI+, é promover um Brasil “de todas e todos com diversidade e respeito para candidatos/as às eleições 2018”.
2
Candidatas/os ao senado se declararam LGBTI+ e assinaram a plataforma
44
Candidatas/os a deputado/a federal se declararam LGBTI+ e assinaram a plataforma
76
Candidatas/os a deputado/a estadual e distrital se declararam LGBTI+ e assinaram a plataforma
1
Candidatas/os a governador/a se declararam LGBTI+ e assinaram a plataforma
Ao todo, 333 candidatos já se inscreveram na plataforma, entre pessoas LGBTI+ e apoiadores, e assinaram um termo de compromisso com os direitos da comunidade. Além de formular políticas públicas, os candidatos se comprometem em denunciar casos de preconceito e discriminação na campanha.
O partido que mais reúne candidaturas LGBTI+ é o Psol, com 40 pessoas que se  autodeclararam LGBTI+ concorrendo a um cargo nestas eleições. Em seguida vem o PCdoB com 12 candidatos. O PT e a Rede têm 10 candidatos cada.

Principais propostas apoiadas pelos candidatos à Presidência

Combate à discriminação

Propor, articular e apoiar a aprovação do marco legal que proteja as pessoas LGBTI+ e puna criminalmente as discriminações, discursos de ódio e violências (físicas, verbais, simbólicas e institucionais) com base na orientação sexual e/ou identidade de gênero; bem como a discriminação no acesso aos serviços públicos, como a saúde, a educação, a assistência social, a assistência e trabalho rural e urbano, entre outros; combate à LGBTIfobia institucional e na sociedade;

Atenção à saúde

Propor, criar e implementar rede de atenção à saúde da população LGBTI+, em especial de referência e contra-referência na saúde das pessoas trans, travestis e intersexuais, conforme as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT, dotando de recursos e estrutura os Centros de Referência do Processso Transexualizador já existentes e atuando para a criação de novos em Estados e Regiões com maior demanda. Ainda no âmbito da saúde pública, intensificar e mobilizar os esforços de todos os atores interessados para a prevenção e assistência ao HIV, com especial enfoque nos jovens gays e homens que fazem sexo com homens;

Cidadania LGBTI

Fortalecer o Conselho Nacional LGBT (instrumento de participação e controle social sobre as políticas públicas LGBTI+), por meio de dotação orçamentária, estrutura e reconhecimento institucional de suas deliberações, além de atuar para a criação e apoio na manutenção de 27 conselhos estaduais de direitos LGBTI+.
Fortalecer a implementação da Política para a cidadania LGBT, com a criação da Secretaria Nacional dos Direitos da População LGBTI+ (órgão articulador e executor de políticas públicas LGBTI+), dotada de estrutura e orçamento específico, além de apoiar, financiar iniciativas dos Executivos estaduais na criação e/ou fortalecimento de órgãos da política LGBT em todos os Estados Brasileiros;
Apenas 1% do total de candidatos assinou a Plataforma pelos Direitos LGBTI

Espectro político amplo

O diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, explica que, apesar de ter sido sempre uma bandeira de grupos de esquerda, é importante contar com o apoio da direita liberal. “Nós não queremos que a nossa comunidade seja a mais vulnerável e atacada. Só a partir do pluripartidarismo vamos conseguir força para não sermos atacados”, disse.
“Se dialogarmos só com a esquerda, vamos ter o apoio de 30% do Parlamento. Temos que dialogar com todos de forma ética e transparente.”
A plataforma mostra todos os candidatos à presidência da República, ao governo dos estados e ao Legislativo que assinaram o termo de compromisso com as questões LGBTI+.
Veja a lista completa:
*Lista atualizada em 03/10/2018 às 13h
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Veja o número de candidatas/os por partido

Tabela com Número de candidatas/os por partido

Para entender melhor

A sigla LGBTI+ significa lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros, transexuais, intersexuais e outras identidades de gênero e sexualidade que a sigla não consegue contemplar, por isso o uso do “+”.
Antes de entender a sigla, é preciso entender alguns conceitos, como orientação sexual e identidade de gênero e vamos explicá-los abaixo. As definições a seguir foram tiradas do Manual de Comunicação LGBTI+, realizado pela Aliança Nacional LGBTI e a rede Gay Latino e vão nos ajudar a entender as diferentes formas de representação e afeto.
Para começar, a orientação sexual refere-se à capacidade de cada pessoa de ter atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gêneros diferentes ou do mesmo gênero ou pelos dois. Há três orientações sexuais:
Heterossexual
Indivíduo atraído amorosa, física e afetivamente por pessoas do sexo ou gênero oposto.
Homossexual
É a pessoa que se sente atraída sexual, emocional ou afetivamente, por pessoas do mesmo sexo ou gênero. O termo homossexual pode se referir a homossexuais femininas (lésbicas), ou homossexuais masculinos (gays).
Imagem: Manual de Comunicação LGBTI+, realizado pela Aliança Nacional LGBTI e a rede Gay Latino
Gay é a pessoa do gênero masculino (cis ou trans) que tem desejos, práticas sexuais e/ou relacionamento afetivo-sexual com outras pessoas do gênero masculino. E lésbicas são as mulheres que são atraídas afetiva e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/ gênero (cis ou trans).
Bissexual

É a pessoa que se relaciona afetiva e sexualmente com pessoas de ambos os sexos ou gêneros.
Há também os assexuais, indivíduos que não sentem nenhuma atração sexual, seja pelo sexo oposto ou pelo mesmo sexo.
Para começar, a orientação sexual refere-se à capacidade de cada pessoa de ter atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gêneros diferentes ou do mesmo gênero ou pelos dois. Há três orientações sexuais:
Heterossexual
Indivíduo atraído amorosa, física e afetivamente por pessoas do sexo ou gênero oposto.
Homossexual
É a pessoa que se sente atraída sexual, emocional ou afetivamente, por pessoas do mesmo sexo ou gênero. O termo homossexual pode se referir a homossexuais femininas (lésbicas), ou homossexuais masculinos (gays).
gênero é um conceito formulado nos anos 1970 com muita influência do movimento feminista. Foi criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, levando em consideração, no entanto, que a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura. Assim, gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não somente decorrência da anatomia de seus corpos.
Resumindo:
Sexo biológico é o que existe objetivamente: órgãos, hormônios e cromossomos. Dessa forma, o sexo pode ser feminino, masculino ou intersexual (combinação dos dois). A orientação sexual (coração) refere-se à inclinação involuntária de cada pessoa em sentir atração sexual, afetiva e emocional por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou dos dois. A identidade de gênero (cérebro) é a percepção que uma pessoa tem de si como sendo do gênero masculino, feminino ou de alguma combinação dos dois, independente do sexo biológico. E a expressão de gênero é como cada pessoa se manifesta publicamente, por meio do seu nome, vestimenta, do corte de cabelo, dos comportamentos, da voz e características corporais.
Dessa forma, temos:
Cisgênero
É um indivíduo que se identifica, em todos os aspectos, com o gênero atribuído ao nascer. É um termo utilizado para descrever pessoas não são transgênero, ou seja, não é travesti ou  transexual.
Transexual
É a pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento. As pessoas transexuais podem ser homens ou mulheres, que procuram se adequar à identidade de gênero. Algumas pessoas trans recorrem a tratamentos médicos, que vão da terapia hormonal à cirurgia de redesignação sexual. A mulher trans é a pessoa que se identifica com o gênero feminino, mesmo se tiver nascido com o órgão reprodutor masculino e o homem trans se identifica com o sexo masculino, mesmo tendo nascido com genitália feminina.
Travesti é a pessoa que nasceu com determinado sexo, ao qual foi atribuído culturalmente o gênero considerado correspondente pela sociedade, mas que passa a se identificar e construir nela mesma o gênero oposto. No caso de pessoas travestis com identidade de gênero feminina, muitas modificam seus corpos por meio de hormonioterapias, aplicações de silicone e/ou cirurgias plásticas.
Transgênero é um termo usado para descrever pessoas que transitam entre os gêneros. São pessoas cuja identidade de gênero transcende as definições convencionais de sexualidade.

   copiado  https://congressoemfoco.uol.com.br/

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