A democracia está em processo de destruição
O processo autoritário que começou com a judicialização da política e virou a politização da justiça (veja só como decisões impactantes sobre bloqueios de contas de partidos e políticos saiu hoje, antevéspera dos atos dos bolsolavajatistas) também vai produzindo seus danos em outras áreas: a ocupação do governo por ex-dirigentes das Forças Armadas está levando à perigosa simbiose entre os militares e o governo.
Primeiro foi o Clube Militar, sempre reacionário instrumento político do Exército, através de seus altos oficiais reformados. Agora, juntaram-se como patrocinadores dos atos de domingo o Clube Naval e o Clube da Aeronáutica.
Não é um apoio pessoal de militares reformados, que têm todo o direito de se posicionarem como quiserem na política: são instituições que têm de representar todos os oficiais da reserva.
Não se tem notícia de uma linha sequer de ponderação sobre os pesados cortes orçamentários sofridos pelas três Armas, não há ao menos um murmúrio de preocupação com a entrega de nossa tecnologia de defesa aérea, nenhum sinal de preocupação com que faltem recursos para manter os quartéis, mas há a mistura perigosa da “Lava Jato” e da reforma da Previdência (que, aliás, não os atinge) como se fossem “manifestações cívicas e patrióticas” que devam patrocinar.
Cívicas como Olavo de Carvalho, que enxovalhou seus oficiais generais e com quem, agora, vão confraternizar com faixas e tapinhas nas costas? Patriótica como o sabujismo que presta continências à bandeira americana assim que vê uma?
Não importa que as falanges que se organizam sejam minoritárias e verdadeiros zoos ideológicos. Velhos generais, do alto de suas confortáveis reformas, não hesitam em unir-se a pitbulls fanáticos.
A viagem de R$ 64,5 mil da Taquara (RJ) ao Morumbi (SP)
Chico Otavio e Gustavo Schmitt, em O Globo, publicam a nota fiscal e a informação de que Fabrício Queiroz pagou, através da mulher e em dinheiro vivo, R$ 64.580 pela internação, exames e a cirurgia a que foi submetido no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Outros R$ 5.420 teriam sido pagos por meio de um cartão de crédito.
Hospital particular é caro e o Albert Einstein, mais ainda.
Mais do que o valor, portanto, o que chama a atenção é a forma do pagamento: em espécie, não em cheque ou TED/DOC bancários, onde deveria haver uma origem para o dinheiro.
Fabrício manda dizer que era dinheiro vivo que vinha guardando em sua casa para amortizar um financiamento.
Vamos acreditar que sim, talquei?
Só que a casa -modesta, aliás – de Fabrício é na Taquara, Zona Oeste do Rio, e a tesouraria do Albert Einstein fica no Morumbi, em São Paulo.
Portanto, bufunfa foi carregada por 400 km, em lugar de ser depositada na esquina.
Será que foi levada de carro, de ônibus, de avião?
Quem sabe tenha sido transportada por um anjo bom, com asas cor de laranja?
copiado http://www.tijolaco.net/blog/
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