Verdes em grande na Alemanha, extrema-direita não cresce, centrão muito mal
votado, extrema-direita nos 10% mas sem crescer em relação às legislativas de 2017. As primeiras projeções de resultados destas europeias de hoje mostram que mais de dois terços do eleitorado do maior país dos 28 continua firmemente com o projeto da União Europeia, mas que as lideranças dos dois partidos do governo estão a ser questionadas e muito a sério.
No caso da CDU/CSU de Angela Merkel, 28% dos votos chega para ser a força mais votada, mas pressiona os democratas-cristãos a pensar se não está na hora de a chanceler ceder o lugar à líder do partido e sucessora anunciada, Annegret Kramp-Karrenbauer, mais conhecida como AKK. Pior é a situação para os sociais-democratas, pois a confirmarem-se os 15% de votos não só é algum nunca visto pelo menos no pós-Segunda Guerra Mundial, como são remetidos para terceiro lugar, com os verdes, creditados com 21%, a assumirem-se como a maior força de esquerda na Alemanha.
Aliás, é a subida fortíssima dos verdes, que já tinham nas regionais da Baviera em 2018 duplicado a votação, o elemento decisivo para interpretar o que se está hoje a passar hoje na Alemanha e também o que poderá vir aí. Nas regionais em Bremen, realizadas a par com as europeias, o SPD está à beira da primeira derrota em sete décadas, com a CDU a ganhar mas só porque os verdes duplicaram (uma vez mais!) a votação.
Nascidos em 1980, fruto da vontade de alguns ecologistas e de uns quantos ex-revolucionários de 1968, os verdes tiveram o seu primeiro teste de fogo em 1998, quando integraram uma coligação governamental com o SPD. Desde então, têm participado em vários governos regionais, com um pragmatismo que já os fez ser parceiros até dos democratas-cristãos. Mas o máximo que tinham conseguido numas eleições à escala nacional até agora tinha sido 12% nas europeias de 2009, que coincidiram com legislativas.
O SPD está a pagar caro a manutenção da aliança com Merkel, feita em nome da governabilidade, mas malvista pela militância e detestada pelo eleitorado tradicional. Nem o facto de desde 2017 a Grande Coligação servir para travar a extrema-direita da AFD atenuou o descrédito do partido chefiado por Andrea Nahles (cuja figura de referência é, porém, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier). Corre o risco de ser secundarizado à esquerda pelos verdes? É uma possibilidade, dada a marcha ascendente destes últimos com a dupla Annalena Baerbock/Robert Habeck na liderança, em todas as eleições.
Quanto à AFD, os 10% previstos ficam aquém do resultado nas legislativas de há dois anos, 13% que fizeram então do partido o principal da oposição. Não é de descurar que o escândalo com o partido de extrema-direita na vizinha Áustria, irmã de língua, tenha prejudicado o desempenho da AFD. Ex-comunistas e liberais deverão ter votações pouco acima dos 5%, prova de vida, mas pouco mais.No caso da CDU/CSU de Angela Merkel, 28% dos votos chega para ser a força mais votada, mas pressiona os democratas-cristãos a pensar se não está na hora de a chanceler ceder o lugar à líder do partido e sucessora anunciada, Annegret Kramp-Karrenbauer, mais conhecida como AKK. Pior é a situação para os sociais-democratas, pois a confirmarem-se os 15% de votos não só é algum nunca visto pelo menos no pós-Segunda Guerra Mundial, como são remetidos para terceiro lugar, com os verdes, creditados com 21%, a assumirem-se como a maior força de esquerda na Alemanha.
Aliás, é a subida fortíssima dos verdes, que já tinham nas regionais da Baviera em 2018 duplicado a votação, o elemento decisivo para interpretar o que se está hoje a passar hoje na Alemanha e também o que poderá vir aí. Nas regionais em Bremen, realizadas a par com as europeias, o SPD está à beira da primeira derrota em sete décadas, com a CDU a ganhar mas só porque os verdes duplicaram (uma vez mais!) a votação.
Nascidos em 1980, fruto da vontade de alguns ecologistas e de uns quantos ex-revolucionários de 1968, os verdes tiveram o seu primeiro teste de fogo em 1998, quando integraram uma coligação governamental com o SPD. Desde então, têm participado em vários governos regionais, com um pragmatismo que já os fez ser parceiros até dos democratas-cristãos. Mas o máximo que tinham conseguido numas eleições à escala nacional até agora tinha sido 12% nas europeias de 2009, que coincidiram com legislativas.
O SPD está a pagar caro a manutenção da aliança com Merkel, feita em nome da governabilidade, mas malvista pela militância e detestada pelo eleitorado tradicional. Nem o facto de desde 2017 a Grande Coligação servir para travar a extrema-direita da AFD atenuou o descrédito do partido chefiado por Andrea Nahles (cuja figura de referência é, porém, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier). Corre o risco de ser secundarizado à esquerda pelos verdes? É uma possibilidade, dada a marcha ascendente destes últimos com a dupla Annalena Baerbock/Robert Habeck na liderança, em todas as eleições.
Quanto à AFD, os 10% previstos ficam aquém do resultado nas legislativas de há dois anos, 13% que fizeram então do partido o principal da oposição. Não é de descurar que o escândalo com o partido de extrema-direita na vizinha Áustria, irmã de língua, tenha prejudicado o desempenho da AFD. Ex-comunistas e liberais deverão ter votações pouco acima dos 5%, prova de vida, mas pouco mais.
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