Delta adquire 20% da Latam por US$ 1,9 bilhão
AFP/Arquivos / Johannes EISELECentro de distribuição da Amazon em Staten Island, Nova York, 5 de fevereiro de 2019
A gigante tecnológica Amazon entrou na lista de empresas processadas no âmbito de uma lei americana que permite levar à Justiça companhias que operem em Cuba com bens nacionalizados pela revolução de 1959, informou à AFP um escritório de advocacia.
O processo foi aberto em Miami, na Flórida, nesta quinta-feira, pelo americano Daniel A. González, descendente do proprietário de um terreno expropriado em Cuba após o triunfo da revolução.
Nele, é produzido carvão vegetal que é exportado aos Estados Unidos e que a Amazon vendeu em seu site, segundo o demandante.
"O regime de Castro expropriou, assumiu e agora está produzindo o que se conhece como carvão de marabu na propriedade do meu cliente e exportando-o para os Estados Unidos para a venda. E a Amazon esteve vendendo em seu site", disse à AFP o advogado Santiago A. Cueto, da Cueto Law Group - com escritórios na Flórida -, representante legal de González.
O processo também inclui a Fogo Charcoal, empresa americana, por ter comercializado esse carvão e aponta que as operações ocorreram no começo de 2017.
Ambas companhias não tem o produto disponível em seus sites atualmente.
A informação sobre o processo foi anunciada pelo Conselho Econômico e Comercial Estados Unidos-Cuba, uma associação comercial com sede em Nova York, que acompanha a relação comercial bilateral.
A terra cuja propriedade González demanda tem de 2.030 acres de extensão e fica localizada na província de Granma.
Segundo o advogado Cueto, o processo almeja compensações monetárias "que podem incluir o valor total da terra".
O Artigo III da Lei Helms-Burton entrou em vigor em maio, após 21 anos de suspensão pelos presidentes americanos e ameaça processar quem faz negócios, próximo ou distante, com bens confiscados durante a revolução de 1959, liderada por Fidel Castro.
O investimento estrangeiro é uma das prioridades da ilha socialista para desenvolver uma economia em crise, e o governo cubano considera a lei de Helms-Burton extraterritorial e irrelevante.
Delta adquire 20% da Latam por US$ 1,9 bilhão
AFP/Arquivos / Daniel SLIMA americana Delta Air Lines anunciou, nesta quinta-feira, que adquiriu uma participação de 20% do grupo Latam por US$ 1,9 bilhão
A americana Delta Air Lines anunciou, nesta quinta-feira, que adquiriu uma participação de 20% do grupo Latam por US$ 1,9 bilhão, uma operação que levará a chileno-brasileira a abandonar a aliança Oneworld, que a vincula à American Airlines, entre outras companhias.
Pela transação, descrita como uma "associação estratégica", a Delta também investirá US$ 350 milhões na sociedade e vai comprar quatro aviões A350 da Latam, informaram os dois grupos em um comunicado.
A Delta ainda vai assumir o compromisso da companhia sul-americana de comprar outros 10 aviões da fabricante europeia Airbus, com entrega entre 2020 e 2025, explica a nota.
A companhia americana terá uma representação na direção da Latam - nascida em 2012 da fusão da brasileira TAM com a chilena Lan.
O acordo vai somar a redes das duas companhias, que incluem a associação existente da Delta com a Aeroméxico.
Esta é a maior operação de investimento feita pela americana desde sua fusão com a Northwest Airlines em 2008.
"Esta associação transformadora com a Latam unirá nossas marcas líderes globais, permitindo-nos oferecer o melhor serviço e confiabilidade para os viajantes de, desde e em todo o continente americano", afirmou o presidente-executivo da Delta, Ed Bastian.
"Esta aliança com a Delta fortalece nossa empresa e melhora nossa liderança na América Latina, ao proporcionar a melhor conectividade através de nossas redes de rotas altamente complementares", disse Enrique Cueto Plaza, diretor-executivo da Latam.
As ações da Latam Airlines Group em Wall Street dispararam 22,6%, a 11,05 dólares, em operações após o fechamento da bolsa, enquanto as da Delta se mantiveram estáveis.
COPIADO https://www.afp.com/pt/noticia
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