"O combate à corrupção no Brasil — justo, necessário e urgente — tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder", argumentou Gilmar Mendes, que acrescentou: "Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado. Até o ato contra si mesmo seria motivado por oportunismo e covardia".
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O ministro ainda sugeriu que, diante dessa atitude de entrar armado no STF para matá-lo, é possível que Janot também tenha cometido outras irregularidades. "Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da Corte Constitucional do País. Recomendo que procure ajuda psiquiátrica", disse.
Gilmar Mendes, cujas decisões frequentemente são criticadas por defensores da Lava Jato, ainda disse que, enquanto ministro do STF, tem tentado evidenciar tais desvios. "Continuarei a fazê-lo em defesa da Constituição e do devido processo legal", garantiu.
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