Procuradores dos EUA abrem investigação contra Google

Procuradores dos EUA abrem investigação contra Google

AFP/Arquivos / DENIS CHARLETAs grandes empresas de tecnologia enfrentam uma onda de investigações antimonopólio nos Estados Unidos.
Os procuradores-gerais de quase todos os estados dos EUA, democratas e republicanos, anunciaram nesta segunda-feira a abertura de uma investigação preliminar contra as práticas comerciais do gigante tecnológico Google, que domina a publicidade na Internet.
Os cerca de 50 procuradores-gerais pedem para que o Google seja investigado por abuso de poder no meio digital às custas de seus concorrentes e consumidores.
A medida, descrita como uma investigação preliminar das ações do Google em publicidade online, destaca as crescentes queixas sobre o domínio das chamadas grandes empresas de tecnologia e vem após outra investigação contra o Facebook, anunciada na semana passada.
O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, disse que a investigação ressalta os receios sobre como o Google se beneficia dos dados coletados em suas atividades online.
"O que sabemos é que, embora muitos consumidores acreditem que a Internet é gratuita ... a Internet não é gratuita", disse Paxton em entrevista coletiva em frente ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos.
"Não há nada de errado em uma empresa se tornar a maior do mercado se isso ocorrer através da livre concorrência, mas encontramos evidências de que as práticas comerciais do Google podem ter prejudicado a escolha do consumidor, asfixiado a inovação, violado a privacidade do usuário e colocado o Google no controle do fluxo e disseminação de informações on-line".
Na investigação apoiada por 48 estados, apenas com a ausência da Califórnia e do Alabama - e acompanhada por Porto Rico e pelo distrito federal de Columbia - as autoridades se abstiveram de solicitar medidas específicas, como a fragmentação do Google, que alguns críticos haviam pedido.
As ações antitruste acontecem em um contexto de menor confiança nas grandes empresas online, com multas impostas ao Facebook e ao Google por violações à privacidade.

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