30/11/2011 - 09h37
Argentina culpa Reino Unido pela presença de minas nas Malvinas
DA EFE
A delegação da Argentina culpou nesta quarta-feira o Reino Unido pela existência de minas antipessoais nas ilhas Malvinas, durante o terceiro dia da reunião sobre a Convenção de Ottawa, que acontece em Phnom Penh, no Camboja. "A única parte do território argentino que se encontra afetado por minas antipessoais é a das ilhas Malvinas, mas a Argentina se vê impedida de acessar, já que é ilegitimamente ocupado pelo Reino Unido", disse Patricio Kingsland, secretário da Embaixada da Argentina na Malásia, durante sua intervenção.
Por sua vez, Stuart Casey Maslen, especialista da Campanha Internacional para Proibição de Minas (ICBL, na sigla em inglês), instou o Reino Unido a deixar os argentinos retirarem as minas que continuam enterradas nas Malvinas, estimadas em 200 mil.
Segundo a Convenção de Ottawa, que entrou em vigor em 1999, o responsável pela limpeza de minas antipessoais de um território é o país que o controla e tem sua jurisdição.
Os argentinos enterraram as minas nas praias Malvinas em 1982 para impedir o desembarque dos ingleses. Após o conflito, a Argentina entrou ao Reino Unido a localização dos artefatos.
A reunião em Phnom Penh começou na segunda-feira, com a participação de mais de cem países encarregados de revisar os avanços alcançados com o Plano de Ação de Cartagena, e segue até a sexta-feira.
Um total de 1.155 pessoas morreram e 2.848 foram mutiladas pelas minas antipessoais em todo o mundo em 2010, número 5% maior que no ano anterior, segundo dados do ICBL. A maioria das vítimas estavam no Afeganistão (1.211), Colômbia (512), Paquistão (394), Camboja (286), Birmânia (274), Irã (158) e Somália (154).
DISPUTA
As ilhas Malvinas --conhecidas na Inglaterra como ilhas Falkland--, são um território inglês, pelo qual a Argentina reclama posse desde o século 19.
Em 1982, os dois países travaram uma guerra por seu domínio e apesar de o Reino Unido ter sido vencedor, o governo argentino ainda reclama seus direitos sobre as ilhas.
As tensões diplomáticas pelas Malvinas aumentaram nos últimos anos com a exploração de petróleo em alto mar. COPIADO : http://www1.folha.uol.com.br/mundo
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