30.11.11 às 09h01
Paquistão acusa Otan de atacar posto de forma proposital
Islamabad (Paquistão) - As Forças Armadas do Paquistão acusaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de lançar de forma deliberada o ataque aéreo que matou pelo menos 24 soldados na fronteira com o Afeganistão no sábado passado, informa nesta quarta-feira a agência de notícias estatal APP.
O diretor-geral de operações militares do Paquistão, general Ishfaq Nadeem, classificou o ataque efetuado com helicópteros como uma "agressão flagrante" que ocorreu sem que houvesse provocação prévia. Segundo ele, os membros da Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf) - missão militar da Otan no Afeganistão - tiveram intenção de atacar os soldados paquistaneses, pois tinham conhecimento da localização deles.
"As bases dos postos de controle já tinham informado à Isaf (missão militar da Otan no Afeganistão) através de coordenadas de mapas. É impossível que não soubessem onde estavam", afirmou o general.
Em um encontro com jornalistas no quartel general das Forças Armadas do Paquistão, Nadeem rejeitou que o local atacado na área de fronteira da região tribal de Mohmand registrasse atividades do movimento rebelde talibã. Ele disse que houve 24 soldados mortos, mas fontes militares in loco consultadas pela Agência Efe elevam para 26 o número de vítimas, enquanto outros meios de comunicação chegam a mencionar até 28 baixas.
Perguntado sobre os motivos da Isaf para atacar postos paquistaneses, Nadeem sugeriu que a situação pode ser analisada melhor no contexto que emergiu após a morte do terrorista Osama bin Laden, líder da rede Al Qaeda, assassinado em maio por militares americanos em território paquistanês.
A operação que acabou com a vida de Bin Laden provocou o aumento das tensões entre Islamabad e Washington, que questionou que Bin Laden pudesse viver por anos no Paquistão sem contar com alguma cumplicidade local.
Nadeem também defendeu as decisões do governo paquistanês após o ataque: o fechamento da fronteira ao trânsito de mantimentos para as tropas da Otan no Afeganistão e a exigência aos EUA para que abandonem uma base aérea supostamente usada para operar aviões não tripulados (drones).
Nesta terça-feira, Islamabad anunciou que não comparecerá à conferência sobre o futuro do Afeganistão na cidade alemã de Bonn, prevista para 5 de dezembro. Dessa forma, o Paquistão boicota uma reunião fundamental para o processo de diálogo com os talibãs e deixa clara sua vontade de reduzir a cooperação com as ações em território afegão.
Com informações da EFE
COPIADO : http://odia.ig.com.br/portal/mundo/oogle
O diretor-geral de operações militares do Paquistão, general Ishfaq Nadeem, classificou o ataque efetuado com helicópteros como uma "agressão flagrante" que ocorreu sem que houvesse provocação prévia. Segundo ele, os membros da Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf) - missão militar da Otan no Afeganistão - tiveram intenção de atacar os soldados paquistaneses, pois tinham conhecimento da localização deles.
"As bases dos postos de controle já tinham informado à Isaf (missão militar da Otan no Afeganistão) através de coordenadas de mapas. É impossível que não soubessem onde estavam", afirmou o general.
Em um encontro com jornalistas no quartel general das Forças Armadas do Paquistão, Nadeem rejeitou que o local atacado na área de fronteira da região tribal de Mohmand registrasse atividades do movimento rebelde talibã. Ele disse que houve 24 soldados mortos, mas fontes militares in loco consultadas pela Agência Efe elevam para 26 o número de vítimas, enquanto outros meios de comunicação chegam a mencionar até 28 baixas.
Perguntado sobre os motivos da Isaf para atacar postos paquistaneses, Nadeem sugeriu que a situação pode ser analisada melhor no contexto que emergiu após a morte do terrorista Osama bin Laden, líder da rede Al Qaeda, assassinado em maio por militares americanos em território paquistanês.
A operação que acabou com a vida de Bin Laden provocou o aumento das tensões entre Islamabad e Washington, que questionou que Bin Laden pudesse viver por anos no Paquistão sem contar com alguma cumplicidade local.
Nadeem também defendeu as decisões do governo paquistanês após o ataque: o fechamento da fronteira ao trânsito de mantimentos para as tropas da Otan no Afeganistão e a exigência aos EUA para que abandonem uma base aérea supostamente usada para operar aviões não tripulados (drones).
Nesta terça-feira, Islamabad anunciou que não comparecerá à conferência sobre o futuro do Afeganistão na cidade alemã de Bonn, prevista para 5 de dezembro. Dessa forma, o Paquistão boicota uma reunião fundamental para o processo de diálogo com os talibãs e deixa clara sua vontade de reduzir a cooperação com as ações em território afegão.
Com informações da EFE
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