Pais podem ser os primeiros coaches dos filhos

Pais podem ser os primeiros coaches dos filhos

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30 de novembro de 2011 • 08h52 Por: Eliane Quinalia
 
SÃO PAULO – O incentivo dos pais pode fazer a diferença não apenas na infância dos filhos, mas também no futuro social e profissional deles. Por esta razão, é importante estar atento, afinal, detectar as aptidões de cada criança só é possível por meio de muita observação.
Desta forma, fica mais fácil compreender também porque alguns profissionais insistem em afirmar que os pais têm um papel fundamental em tal formação, chegando até mesmo a compará-los aos primeiros coaches dos filhos.
De acordo com a consultora associada da consultoria de gestão Muttare, Roberta Yono Ebina, tal colocação não apenas é pertinente como cabe bem à maioria dos adultos.
“Assim como os pais, os coaches trabalham com três grandes pilares, que são o respeito à individualidade do ser humano, o aprendizado através do erro e as consequências das próprias ações”, explica.
Segundo ela, essas ações são necessárias para tornar qualquer filho ou o executivo – neste caso, dentro de uma companhia -, mais preparado para lidar com o ambiente em que está inserido.
Como agirMas será que existe um jeito certo de agir com os filhos, enquanto eles ainda são crianças, sem extrapolar nas cobranças? Para a especialista em coaching, Suzana Azevedo, a resposta é sim. “Os pais devem observar, questionar e buscar soluções em conjunto para atingir a meta de desenvolvimento do filho”, orienta.
De acordo com ela, a recomendação é que os pais, ao observarem as aptidões dos filhos, procurem direcioná-los para a prática de atividades em que a criança se destaque.
“Deixe a criança dizer com as próprias palavras o que está fazendo e qual a importância que vê naquilo. Ou seja, se gosta ou não da atividade. Desta maneira, ela mesma poderá determinar se deseja seguir com tal prática”, explica Suzana.
Não faça!E se você não deseja prejudicar o desenvolvimento de seu filho, lembre-se de que mesmo uma criança possui desejos próprios e capacidade de decisão e evite sobrepor suas vontades às dela.
“Os pais não respeitam os filhos como pessoas e acham que eles não têm capacidade decisória. Isso é errado. Os pais não devem projetar ou diminuir uma aptidão, mas criar um ambiente que favoreça o talento dos filhos”, orienta Roberta.
Para ela, o ideal é que os pais cujos filhos desejam seguir determinadas carreiras propiciem o ambiente adequado para que estes possam observar de perto o dia a dia das profissões. Assim, a criança ou jovem pode conhecer melhor as áreas antes de tomar uma decisão. Lembrando que tal decisão caberá sempre aos menores.
“O coach dá a oportunidade. Ele cria o ambiente para que uma pessoa mostre uma aptidão e tome uma decisão. Tratamos do respeito individual e isso foge das relações superficiais que estamos acostumados a ver em muitas famílias, na qual muitos pais querem apenas ser 'legais' com os os filhos e nada mais”, diz Roberta. 

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