Empresa que busca reforços com ajuda da torcida não desanima após fracasso no Trio de Ferro

Publicado em 02/04/2012 às 05h30:     
  • Diretor do MOP garante que existem mais clubes e jogadores interessados em parcerias
Mauricio Duarte, do R7

http://i2.r7.com/wesley-palmeiras-450x338.jpgFernando Dantas/Gazeta Press
Wesley foi contratado pelo Palmeiras com dinheiro de investidor misterioso
O fracasso na campanha junto aos torcedores para trazer Wesley ao Palmeiras mostrou que o torcedor brasileiro tem resistência ao sistema de crowdfunding, onde uma empresa cria uma plataforma na internet para a doação de fãs, no intuito de concluir uma transação para determinado clube. Antes do volante alviverde, a experiência também deu errado no Corinthians, com Christian, e no São Paulo, com Nilmar.

Para André Barros, sócio-fundador da MOP, que idealizou as campanhas, o torcedor brasileiro ainda desconfia desse tipo de iniciativa. No Palmeiras, por exemplo, apenas cerca de 3% do valor necessário foi arrecadado. Nos outros dois casos, a campanha nem chegou a engatar de fato.

- Sabíamos que a primeira campanha enfrentaria o desafio não apenas de arrecadação, mas também de mudança de cultura. Acreditamos, por ser a primeira campanha, que pode haver várias leituras por parte do torcedor. Ele pode ter ficado com um pé atrás por ser algo novo, pode ter faltado confiança de que as regras da arrecadação fossem cumpridas, por exemplo, a inexistência de débito, caso o valor não fosse atingido, como aconteceu nesta campanha do Palmeiras e, claro, também pode ter a ver com a forma como ele vê o clube.

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Barros acredita que não existe uma receita para fazer o torcedor colaborar mais em projetos financeiros do clube. No entanto, a busca pela profissionalização e pelo saneamento das contas internas deve facilitar o processo. Desta maneira, os clubes serão quase que obrigados a buscar parceiros que viabilizem grandes negociações.

- Os investidores tradicionais podem exigir grandes garantias e comprometer receitas importantes para o desenvolvimento futuro das agremiações, razão pela qual a busca de apoio com a torcida se torna uma alternativa viável e de grande apelo. Obviamente, os clubes precisam valorizar a importância da torcida neste processo, bem como estipular recompensas pelo apoio pautadas em experiências únicas. Por outro lado, o torcedor pode e deve participar mais ativamente do dia a dia do seu time de coração.


O MOP é uma iniciativa inédita e ainda não possui precedentes positivos no mundo do esporte. Ou seja, o mercado do Brasil está sendo usado como uma espécie de teste. Após as doações atingirem o valor necessário da arrecadação, os direitos ficam 100% para o clube de destino, tanto MOP e doadores não têm direito em transferências futuras, apenas é cobrada uma taxa de administração, caso a transação seja concluída.

A empresa já está analisando novas parcerias. No entanto, Barros ainda não pode divulgar nomes, pois é preciso antes fechar com o jogador e com os times envolvidos, para que haja um pré-contrato. Somente assim é possível colocar o site de doações no ar.

- Tivemos sim contato com outros clubes, no Brasil e no exterior. Ainda não podemos abrir quais foram, até pelas regras e processos que precisamos cumprir para viabilizar as campanhas. Divulgaremos novas campanhas assim que todos os acordos, entre clubes e jogadores estiverem devidamente selados. COPIADO : http://esportes.r7.com/futebol/noticias

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