5h49
A Organização dos Estados Americanos convocou sessão extraordinária
hoje (26), em Washington (EUA), para debater o assunto. Amanhã será a
vez dos chefes de Estado e Governo reunidos na Unasul em Lima, no Peru,
e, sexta-feira (29), os presidentes do Mercosul discutirão o tema em
Mendoza, na Argentina
No Paraguai, esforços são para evitar que crise política atinja economia
Quatro dias após impeachment, país se divide entre Lugo e Franco
A dez meses das eleições presidenciais, quadro é de incertezas
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Justiça Eleitoral paraguaia descarta antecipar eleições presidenciais
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Crise no Paraguai gera sessão extraordinária da OEA e debates na Unasul e Mercosul
26/06/2012 - 5h49
Renata Giraldi
Enviada Especial
Assunção – A crise política no Paraguai será tema hoje (26), amanhã e sexta-feira (29) de reuniões da comunidade internacional. A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou sessão extraordinária hoje para debater o assunto, amanhã será a vez dos chefes de Estado e Governo reunidos na União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e, em seguida, os presidentes do Mercosul (Brasil, Argentina e Uruguai) discutirão o tema.
O secretário-geral geral da OEA, José Miguel Insulza, cancelou viagem para o Peru, onde estava prevista sua participação em uma conferência sobre drogas, para se dedicar às discussões a respeito da situação política no Paraguai. É a segunda vez que a organização se manifestará sobre o país. Na véspera da decisão do impeachment, no dia 21, a entidade pediu às autoridades paraguaias para respeitar o direito de defesa do ex-presidente Fernando Lugo e as instituições democráticas.
Em comunicado divulgado ontem (25), a OEA informou que a reunião foi convocada para discutir a situação no Paraguai, mas advertiu: “Se necessário, serão tomadas decisões acordadas pelo Conselho Permanente”. Para negociadores que acompanham o tema, é possível que a OEA siga o exemplo do Mercosul e também decrete a suspensão temporária do Paraguai.
Há três anos, quando Manuel Zelaya, então presidente de Honduras, foi destituído do cargo, a OEA suspendeu o país. A suspensão durou cerca de um ano e a decisão só foi revista depois das eleições para presidente e da confirmação de que a democracia foi respeitada no território hondurenho. Para Insulza, há dúvidas se no Paraguai a Constituição foi respeitada, por isso a convocação dessa reunião.
Amanhã (27), haverá a reunião da Unasul em Lima, no Peru. Até ontem (25), o ex-presidente Fernando Lugo disse que ia participar do encontro, segundo ele para pedir a prorrogação do prazo da Presidência do Paraguai como pro tempore no bloco. No entanto, legalmente, Lugo não é mais presidente, portanto o pedido não pode ser encaminhado por ele.
A expectativa, com base na decisão tomada pelo Mercosul anteontem (24), é que a Unasul também suspenda temporariamente o Paraguai do bloco. A interpretação se baseia no fato de nove países - o Brasil, a Argentina, o Uruguai, Equador, a Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru – dos 12 da Unasul terem apoiado a suspensão do Paraguai no documento emitido pelo Mercosul.
Na sexta-feira (29), será realizada a Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina. A presidenta Dilma Rousseff já confirmou presença. Novamente, a crise política no Paraguai será tema. O receio dos paraguaios é que sejam adotadas sanções ao país em decorrência da suspensão provisória. Porém, todas as decisões serão tomadas em conjunto, sinalizaram os negociadores brasileiros, argentinos e uruguaios.
Edição: Graça Adjuto COPIADO : http://agenciabrasil.ebc.com.br
Enviada Especial
Assunção – A crise política no Paraguai será tema hoje (26), amanhã e sexta-feira (29) de reuniões da comunidade internacional. A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou sessão extraordinária hoje para debater o assunto, amanhã será a vez dos chefes de Estado e Governo reunidos na União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e, em seguida, os presidentes do Mercosul (Brasil, Argentina e Uruguai) discutirão o tema.
O secretário-geral geral da OEA, José Miguel Insulza, cancelou viagem para o Peru, onde estava prevista sua participação em uma conferência sobre drogas, para se dedicar às discussões a respeito da situação política no Paraguai. É a segunda vez que a organização se manifestará sobre o país. Na véspera da decisão do impeachment, no dia 21, a entidade pediu às autoridades paraguaias para respeitar o direito de defesa do ex-presidente Fernando Lugo e as instituições democráticas.
Em comunicado divulgado ontem (25), a OEA informou que a reunião foi convocada para discutir a situação no Paraguai, mas advertiu: “Se necessário, serão tomadas decisões acordadas pelo Conselho Permanente”. Para negociadores que acompanham o tema, é possível que a OEA siga o exemplo do Mercosul e também decrete a suspensão temporária do Paraguai.
Há três anos, quando Manuel Zelaya, então presidente de Honduras, foi destituído do cargo, a OEA suspendeu o país. A suspensão durou cerca de um ano e a decisão só foi revista depois das eleições para presidente e da confirmação de que a democracia foi respeitada no território hondurenho. Para Insulza, há dúvidas se no Paraguai a Constituição foi respeitada, por isso a convocação dessa reunião.
Amanhã (27), haverá a reunião da Unasul em Lima, no Peru. Até ontem (25), o ex-presidente Fernando Lugo disse que ia participar do encontro, segundo ele para pedir a prorrogação do prazo da Presidência do Paraguai como pro tempore no bloco. No entanto, legalmente, Lugo não é mais presidente, portanto o pedido não pode ser encaminhado por ele.
A expectativa, com base na decisão tomada pelo Mercosul anteontem (24), é que a Unasul também suspenda temporariamente o Paraguai do bloco. A interpretação se baseia no fato de nove países - o Brasil, a Argentina, o Uruguai, Equador, a Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru – dos 12 da Unasul terem apoiado a suspensão do Paraguai no documento emitido pelo Mercosul.
Na sexta-feira (29), será realizada a Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina. A presidenta Dilma Rousseff já confirmou presença. Novamente, a crise política no Paraguai será tema. O receio dos paraguaios é que sejam adotadas sanções ao país em decorrência da suspensão provisória. Porém, todas as decisões serão tomadas em conjunto, sinalizaram os negociadores brasileiros, argentinos e uruguaios.
Edição: Graça Adjuto COPIADO : http://agenciabrasil.ebc.com.br
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