Ex-espião da CIA defende derrube do governo do Irão

Médio Oriente

Ex-espião da CIA defende derrube do governo do Irão

por Maria João Caetano com agênciasOntem
Reza Kahlili aparece sempre disfarçado
Reza Kahlili aparece sempre disfarçado Fotografia © Direitos reservados

Reza Kahlili trabalhou nos anos 80 e 90 como espião da CIA no Irão. Agora, vive escondido, com medo de ser assassinado, mas a sua voz tornou-se cada vez mais influente: Kahlili defende que os EUA e os outros países ocidentais devem agir contra o governo iraniano. Antes que se seja tarde demais.

Como qualquer espião, Reza Kahlili usa um disfarce: uma máscara azul de cirurgião, óculos escuros, um boné de baseball com a inscrição: "Free Iran". O nome com que se apresenta é um pseudónimo. Um pequeno aparelho distorce a sua voz. Como qualquer bom espião, Reza Kahlili não quer ser reconhecido.
Nascido em Teerão, emigrou com a família e regressou ao seu país para defender a revolução de 1979 e entrou para o exército durante a guerra contra o Iraque (1980-88). Mas a violência do regime, que torturou e matou muitos dos seus amigos, levou-o a passar para o outro lado. Tornou-se um agente infiltrado da CIA. Nome de código: Wally. Até meados dos anos 90, Kahlili teve uma vida dupla.
Hoje em dia, com 50 e poucos anos, explica que vive com medo: trabalhou durante anos como espião da CIA no Irão e agora é diz que o governo iraniano o considera um alvo a abater. Preocupa-se com a mulher e os filhos, com quem vive na Califórnia. Raramente sai de casa - o seu "bunker", como lhe chama. "Às vezes acho que vou enlouquecer."
Kahlili tornou-se conhecido, há dois anos, quando publicou um livro de memórias, 'A Time to Betray', divulgou as suas opiniões num blogue, começou a ser convidado para discursar em alguns eventos. Com o seu disfarce, começou a aparecer na Fox News e depois também na CNN.
Ao mesmo tempo, é consultor do Pentágono e a sua voz é das mais influentes. Entre os responsáveis pela segurança interna e pela política externa, Kalili é considerado um dos maiores especialistas em assuntos
A posição de Kahlili é radical: defende que os Estados Unidos devem deixar de negociar e ajudar a derrubar o governo iraniano.
"Ficariam chocado se soubessem a facilidade com que os elementos da Guarda Revolucionária entram e saem dos Estados Unidos todos os dias", afirmou Kahlil. "Se me encontram, matam-me."
No início do mês, a Variety divulgou que William Baldwin (irmão de Alec Baldwin) comprou os direitos do livro de Kahlili e espera contar a sua história numa minissérie televisiva.COPIADO :  http://www.dn.pt/
relacionados com o Irão, precisamente porque conhece por dentro o funcionamento do governo e as suas motivações ideológicas. Conhece bem o programa nuclear iraniano e os serviços secretos do país.

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